10 anos de i. Os riscos são muitos se nada for feito

10 anos de i. Os riscos são muitos se nada for feito


Portugal vai ter um confronto com os efeitos na saúde pública e em termos humanos que decorrem das alterações climáticas. Representarão um dos principais desafios do futuro do país. É preciso tomar medidas que possam reduzir esses efeitos. Portugal vai ter um clima diferente, vai ter um perfil demográfico distinto e vai estar exposto a…


Portugal vai ter um confronto com os efeitos na saúde pública e em termos humanos que decorrem das alterações climáticas. Representarão um dos principais desafios do futuro do país. É preciso tomar medidas que possam reduzir esses efeitos. Portugal vai ter um clima diferente, vai ter um perfil demográfico distinto e vai estar exposto a riscos que até agora não constituíam motivos de preocupação. Intensificar-se-ão os debates sobre a importância das políticas sociais, nomeadamente da saúde e da educação, que deverão estar adaptadas à evolução demográfica do país – com um envelhecimento acentuado. A necessidade de aumentar a população ativa será premente: são os trabalhadores, com os seus descontos, a fonte principal de financiamento dos esquemas de proteção social.

Os riscos são muitos se nada for feito desde já. Gostava que a atividade humanitária fosse considerada com mais elevação, dignidade e na perspetiva da redução do sofrimento, da pobreza, e da eliminação de iniquidades que ainda persistem no país.

Francisco George – Ex-diretor-geral da Saúde, presidente da Cruz Vermelha Portuguesa