Pedro Pardal Henriques, vice-presidente do Sindicato Nacional de Motoristas de Matérias Perigosas, esteve este sábado presente no jantar solidário promovido pelo Grande Oriente Lusitano (GOL) . Acompanhado pela mulher e por um casal, o advogado chegou ao Centro de Congressos de Lisboa, na zona histórica de Belém, e dirigiu-se ao restaurante Parque Tejo.
O jantar, com o objetivo de angariar fundos, foi promovido pelo GOL a favor do Instituto de Apoio à Criança (IAC), mas a polémica marcou o evento mesmo antes de este se realizar. Tal como o SOL noticiou este fim de semana, Manuela Eanes, presidente da IAC, não esteve presente na cerimónia solidária. A antiga primeira dama demarcou-se da polémica que dividiu a maçonaria, lembrando que nos 36 anos do Instituto de Apoio à Criança nunca promoveu, nem participou em jantares de solidariedade ou de angariação de fundos.
A discussão começou internamente entre os maçons, com os contestatários a salientarem o facto de a instituição presidida por Manuela Eanes ser considerada próxima do catolicismo e distante da maçonaria. Face à polémica, o convite para o encontro solidário enviado na semana passada pelo grão-mestre do GOL, Fernando Lima, passou a omitir o nome do Instituto de Apoio à Criança.
Também o SOL noticiou na edição de fim de semana que o instituto seria representado no jantar da maçonaria pelo ex-presidente do Tribunal da Relação de Lisboa, juiz desembargador jubilado Luís Vaz das Neves.
Polémica em torno do advogado Desde o primeiro de dia da greve dos motoristas de matérias perigosas – há cerca de três semanas –, que Pedro Pardal Henriques tem sido a cara de um sindicato que conseguiu, praticamente, parar o país. Não é motorista, nunca foi. E, é por este motivo, que as questões surgem: qual a razão para um advogado pertencer a um sindicato que em nada se cruza com a sua profissão? Em entrevista ao SOL, o advogado referiu que a sua ligação com os motoristas começou quando alguns destes profissionais foram ter consigo e, nessa altura, começou a ver as irregularidades que os patrões teimavam em não corrigir – e quem saía prejudicado era o trabalhador. Além disso, quis esclarecer: “A minha intervenção é sobretudo uma intervenção jurídica. O facto de o meu nome se encontrar associado à qualidade de vice-presidente, é uma situação transitória e meramente temporária, dada a urgência que existia na criação do sindicato”.
Mas as polémicas não ficam por aqui. Logo na semana de greve, os meios de comunicação social divulgaram que Pedro Pardal Henriques teria um processo crime a decorrer no Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) de Lisboa. Em causa estaria uma burla de 85 milhões de euros a um investidor francês em Portugal. Mas, esta semana, o advogado do sindicato enviou ao i a resposta do DIAP que informava “que nada consta em nome de Pedro Miguel Braz Pardal Henriques”.