Excesso de trabalho: um problema de saúde pública


A notícia chegou às primeiras horas de domingo, da Indonésia, e não tem como não causar uma enorme perplexidade: pelo menos 270 pessoas terão morrido na sequência do excesso de trabalho nas recentes eleições do país, realizadas há dez dias, depois de terem contado à mão milhões de boletins de voto – 260 milhões de…


Foram destacadas para o processo sete milhões de pessoas, mas o trabalho, relata-se agora, era massivo. 

Outros 1878 membros do staff precisaram de assistência médica por problemas relacionados com fadiga, anunciou o porta-voz da comissão eleitoral do país, citado pela agência Reuters, um problema de saúde pública de proporções nunca vistas no país que decidiu juntar eleições presidenciais, legislativas e regionais.

A que esforço terão sido sujeitas estas pessoas, alegadamente para que fossem cortados custos? Numa coincidência trágica, assinalava-se ontem o Dia Mundial da Segurança e Saúde no Trabalho.

O excesso de trabalho num tempo em que se ouve falar cada vez mais de problemas de esgotamento e burnout foi um dos alertas deste ano da Organização Internacional do Trabalho, que estima que 36% dos trabalhadores em todo o mundo trabalhem em excesso.

Os relatos, que durante algum tempo pareciam restringir-se a um problema, também cultural, de países como Japão, tornaram-se nos últimos anos uma preocupação global, com o burnout a ser cada vez mais documentado em diferentes profissões, também cá.

Não têm faltado alertas para a dimensão do problema entre professores e profissionais de saúde, nas escolas ou nos hospitais, locais onde a “racionalização” das despesas significou, em muitos serviços, passar fazer o mesmo, ou mais, com menos, com o aumento da insegurança e do risco de erro, ao mesmo tempo que o modo de vida de gente permanentemente “ligada” quebrou as fronteiras entre trabalho e vida pessoal e familiar.

Temos todos de pensar mais nas consequências. 

Excesso de trabalho: um problema de saúde pública


A notícia chegou às primeiras horas de domingo, da Indonésia, e não tem como não causar uma enorme perplexidade: pelo menos 270 pessoas terão morrido na sequência do excesso de trabalho nas recentes eleições do país, realizadas há dez dias, depois de terem contado à mão milhões de boletins de voto – 260 milhões de…


Foram destacadas para o processo sete milhões de pessoas, mas o trabalho, relata-se agora, era massivo. 

Outros 1878 membros do staff precisaram de assistência médica por problemas relacionados com fadiga, anunciou o porta-voz da comissão eleitoral do país, citado pela agência Reuters, um problema de saúde pública de proporções nunca vistas no país que decidiu juntar eleições presidenciais, legislativas e regionais.

A que esforço terão sido sujeitas estas pessoas, alegadamente para que fossem cortados custos? Numa coincidência trágica, assinalava-se ontem o Dia Mundial da Segurança e Saúde no Trabalho.

O excesso de trabalho num tempo em que se ouve falar cada vez mais de problemas de esgotamento e burnout foi um dos alertas deste ano da Organização Internacional do Trabalho, que estima que 36% dos trabalhadores em todo o mundo trabalhem em excesso.

Os relatos, que durante algum tempo pareciam restringir-se a um problema, também cultural, de países como Japão, tornaram-se nos últimos anos uma preocupação global, com o burnout a ser cada vez mais documentado em diferentes profissões, também cá.

Não têm faltado alertas para a dimensão do problema entre professores e profissionais de saúde, nas escolas ou nos hospitais, locais onde a “racionalização” das despesas significou, em muitos serviços, passar fazer o mesmo, ou mais, com menos, com o aumento da insegurança e do risco de erro, ao mesmo tempo que o modo de vida de gente permanentemente “ligada” quebrou as fronteiras entre trabalho e vida pessoal e familiar.

Temos todos de pensar mais nas consequências.