Pais de Maddie obrigados a pagar 27 mil euros a Gonçalo Amaral

Pais de Maddie obrigados a pagar 27 mil euros a Gonçalo Amaral


Valor diz respeito às custas judiciais do ex-investigador da Polícia Judiciária, uma vez que os McCann perderam o processo


Kate e Gerry McCann foram obrigados a pagar cerca de 27 mil euros (24 mil libras) relativos a custas judiciais a Gonçalo Amaral, ex-inspetor da Polícia Judiciária (PJ), depois de terem perdido o processo que lhe interpuseram pelos danos do livro Maddie: A Verdade da Mentira, publicado pelo responsável da investigação da PJ do desaparecimento da sua filha Maddie. A notícia foi avançada este fim de semana pelo diário britânico “The Sun”, que teve autorização para consultar o dossiê do processo.

A esse valor podem vir a ser somados 6390 euros (5500 libras), relativos às despesas de Gonçalo Amaral com a defesa no recurso que os McCann pediram ao Tribunal Europeu dos Direitos Humanos, se voltarem a perder.

No livro, publicado em 2008, um ano depois do desaparecimento de Madeleine McCann, Gonçalo Amaral defendia que Kate e Gerry teriam acidentalmente morto Maddie, tendo escondido o crime e fingindo que a criança, na altura com apenas quatro anos, teria sido raptada da sua cama, no quarto onde a família estava hospedada no Ocean Club da Praia da Luz, no Algarve, e onde dormia com os dois irmãos gémeos de dois anos, enquanto os pais jantavam com amigos no restaurante do resort e iam verificando as crianças à vez.

Nova tensão

Há pouco mais de uma semana, a Netflix estreou um documentário dividido em oito episódios sobre o desaparecimento de Maddie e toda a investigação que se seguiu, que passou não só pela PJ, mas também pela polícia britânica e até por investigadores privados.

Em The Disappearance of Madeleine McCann, Gonçalo Amaral é um dos entrevistados e volta a defender a teoria de que terão sido os pais os responsáveis pela morte da menina. De acordo com o “Correio da Manhã”, Kate e Gerry McCann, que recusaram participar no documentário, estão a ponderar processar novamente o ex-inspetor da PJ.