Polícias iniciam greve de fome “por tempo indeterminado”

Polícias iniciam greve de fome “por tempo indeterminado”


Presidente do Sindicato Unificado da Polícia disse ao i que vai levar a greve até “às últimas consequências”.


Os polícias iniciam hoje uma greve de fome — onde se irão abster de comer “alimentos sólidos”. A partir das 10h, os profissionais da PSP vão dar início à greve em frente à residência oficial do Presidente da República.

Contactado pelo i, Peixoto Rodrigues, presidente do Sindicato Unificado da Polícia (SUP) revelou que a greve se irá manter “por tempo indeterminado”. “Espero que o Ministério da Administração Interna se digne a dar respostas concretas às reivindicações  dos polícias”.

O sindicalista revelou ainda que marcará presença hoje no jardim de Belém e que ficará lá de forma permanente. A Peixoto Rodrigues irão juntar-se outros colegas para demonstrar apoio: “Vão lá estar outros colegas meus a apoiar-me em termos logísticos naquilo que for necessário”.

“Estamos determinados a levar a nossa luta até ao fim porque são muitos anos à espera que este ou outro governo resolva os problemas dos polícias”, sublinhou.

Questionado como iria fazer se precisasse de passar a noite em Belém, o presidente do SUP disse não ter problemas com isso: “Está lá um banco do jardim, não tenho problema nenhum de ficar lá”.

Durante a greve, os polícias poderão ingerir bebidas. Peixoto Rodrigues explicou que os alimentos sólidos não fazem parte da ementa dos próximos dias e que será ingerida “essencialmente água”.

Segundo o comunicado da Federação Nacional dos Sindicatos de Polícia, os polícias protestam contra o “incumprimento da decisão do Tribunal Administrativo, que condenou o Estado ao pagamento de todos os suplementos remuneratório aos elementos policiais desde 2010, durante os períodos de férias”, “o aumento imediato do Suplemento por Serviço nas Forças de Segurança, para o percentual de 25%” e ainda a “revisão imediata do fator de sustentabilidade, aplicado aos profissionais da PSP, que se aposentaram entre 2014 e 2015, fator esse que resultou numa perda significativa do valor da pensão de aposentação”.