Matay
Foi o preferido do júri na primeira semifinal e também reuniu consenso entre o público com o tema “Perfeito”, composto por Tiago Machado e com letra de Boss AC. Nascido em Chelas em 1986, Rúben Matay Leal de Sousa é licenciado em Animação Sócio-Cultural e a nível musical fez parte, por exemplo, de Soul Gospel Project e Gospel Collective, para além de ser uma presença assídua nos coros de Dengaz.
Surma
A cantora e compositora de 24 anos vem de Leiria e, em palco, Débora Umbelino troca o nome que os pais lhe deram por Surma. É a preferida do júri do Festival, depois de a canção “Pugna” ter alcançado a pontuação máxima (12 pontos). Com letra de Tiago Félix, é a primeira canção em que Surma canta em português. Embora assuma que não tinha grandes expetativas, chegou à final, o que já toma como uma vitória. Diz que foi o fenómeno Salvador que a fez prestar atenção ao Festival, e considera o hype Conan mais um sinal de que “os portugueses estão a abrir a mente”.
NBC
Nascido em São Tomé e Príncipe, em 1974, Timóteo Santos, mais conhecido por NBC, cresceu em Torres e foi o vencedor da segunda semifinal do Festival com a canção “Igual a Ti”. Do pai herdou a paixão pela música, e nos anos 1990 esteve entre as figuras que fundaram o movimento hip-hop em Portugal – criou com o irmão o grupo Filhos D1 Deus Menor. De lá para cá, NBC tem evoluído para uma mistura melodiosa mas interventiva de rap com soul.
Calema
A ondular desde a costa de São Tomé e Príncipe, os irmãos Fradique (1987) e António (1992) Mendes Ferreira são já bem conhecidos do público português e, no Youtube, as suas músicas superam os 100 milhões de visualizações. No ano passado, tocaram em abril perante um Coliseu esgotado. Apresentaram-se na primeira semifinal para interpretar “A Dois”, tema que também compuseram em parceria com Nélson Heleno.
Madrepaz
Pedro da Rosa, Canina, Ricardo Amaral e João Barreiros formam a banda indie Madrepaz, que interpreta o tema “Mundo a Mudar”, do compositor Frankie Chavez, com letra de Pedro Puppe. Esta banda formada por gente que se cruzou no Hot Club, e cujos membros integraram outras bandas (Os Golpes, a Armada ou os The Mighty Terns, entre outras), dizem que fazem “shamanic pop”, ou pop xamânica. “Como não nos víamos numa caixa criámos a nossa”, contam. Saídos das andanças na Zibreira, freguesia de Torres Nova, no ano passado lançaram “Bonanza”, o álbum que sucedeu ao de estreia, “Panoramix”.
Mariana Bragada
A compositora e intérprete do tema “Mar Doce”, nasceu em 1997 em Bragança, vive no Porto e chegou ao Festival da Canção pela sua participação no programa “Masterclass”, da Antena 1. As primeiras canções surgiram aos 15 anos, quando começou a aprender a tocar guitarra. Mariana estudou Design de Comunicação no Porto e lançou um EP para um projeto de faculdade. Em 2018 teve duas atuações no TedxPorto, no Festival Bons Sons, Um ao Molhe, SofarSounds Madrid, Porto e Coimbra. Ainda gravou para a “A Música Portuguesa a Gostar Dela Própria”.
Ana Cláudia
A intérprete do tema “Inêscia”, escolhida pelos compositores D’Alva, é licenciada em Jazz pela Escola Superior de Música de Lisboa e estreou-se na música com as Tucanas. Um grupo de percussão e voz no feminino que foi criado em 2005 e tem dois discos de originais: “Maria Café”, (2008) e “De Outono”(2014). Este último levou-as ao Vodafone Mexefest.
Conan Osíris
É o grande protagonista desta edição do Festival. Chama-se Tiago Miranda, é de Lisboa, tem 30 anos e aprendeu a fazer o que faz sozinho. Com uma dose de irreverência notável, no mundo da música é conhecido por Conan Osíris – nome que foi buscar à série japonesa “Conan, o Rapaz do Futuro” misturado com o deus egípcio Osíris. Tornou-se uma sensação no nosso país com o sucesso do seu terceiro álbum, “Adoro Bolos”, tendo sido convidado pela RTP para ser um dos compositores do Festival da Canção de 2019, optando por ser ele próprio a interpretar o tema “Telemóveis”.