Que importância tem esta cimeira de proteção das crianças na Igreja?
Esperamos que permita que o sistema de justiça, a quem compete lidar com estas situações, possa funcionar. Que se investigue o que há para investigar, contando com a colaboração ativa de todas as pessoas com informação. Por outro lado, esperamos que as vítimas sejam reconhecidas como tal, ao invés de sofrerem estigmatização, e disponham de todo o apoio necessário.
O que espera que seja feito por parte da Igreja?
O importante é que as vítimas não sejam silenciadas, nem no sistema de justiça, nem na sociedade. Os testemunhos públicos são importantes para se compreender a real dimensão dos crimes e encorajar outras vítimas a denunciá-los. Posso acrescentar que lamentamos o tempo que demorou até que muitas destas situações chegassem às autoridades competentes. Frequentemente, devido ao silêncio cúmplice, daqueles que podiam e deviam ter feito algo.
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A Conferência Episcopal fala em “pouquíssimos” casos de abusos por padres em Portugal.
Sabemos que, quando falamos de crimes sexuais, que as cifras negras, ou os crimes não reportados, têm normalmente uma expressão estatística significativa.
Seria importante investigar os abusos dos padres em Portugal?
Qualquer entidade onde se verifique tratar-se de algo mais do que um problema isolado merece particular atenção e ações em conformidade.