Costuma dizer-se “rei morto, rei posto”, e foi o que aconteceu na SIC, onde no verão do ano passado começou uma verdadeira guerra de bastidores. Daniel Oliveira passou a ser diretor-geral de entretenimento da Impresa, empresa que detém o canal e o “Expresso”. Além disto, o apresentador do “Alta Definição” foi destacado para ficar como diretor de programas da SIC e dos seus canais temáticos, sendo também responsável pelos produtos digitais na área de entretenimento do grupo. No entanto, as alterações não foram bem recebidas por todos. Até porque uma das primeiras decisões de Daniel Oliveira passou por afastar Gabriela Sobral, que assegurava, juntamente com Luís Proença, a direção de programas da SIC.
A decisão do grupo foi justificada por “as profundas alterações nos hábitos de consumo de conteúdos audiovisuais [requererem] uma visão estratégica do setor e orientação para o cliente final, neste caso os espetadores e utilizadores. O desenvolvimento de conteúdos inovadores de qualidade, tanto para a antena como para o online, são fundamentais para o cumprimento dos objetivos e para o sucesso da Impresa. Daniel Oliveira, pelo seu percurso, ambição e capacidade de liderança, é a pessoa certa para projetar o entretenimento da SIC e do grupo para o futuro”.
Recorde-se que Gabriela Sobral chegou à SIC para comandar as novelas do canal, depois de trabalhar por um longo período na TVI. Na altura em que entrou na estação apanhou logo o sucesso de “Laços de Sangue”, que conseguiu ganhar um Emmy.
A verdade é que as alterações na televisão portuguesa têm sido muitas nos últimos tempos. As alterações de rostos e até de grelhas televisivas são tantas que se fala mesmo em dança de cadeiras – um cenário que tem tudo para ser apenas o começo.