Vilmar Pindal, 27 anos, Profissional de caixa
Os problemas não são gritantes mas, para quem usa diariamente o metro, o incómodo pode ser grande. É o caso de Vilmar. Ao i, diz que apesar de o serviço não ser “muito mau”, existem aspetos que deviam ser mudados: o tempo de espera e o número de carruagens. “Devia haver mais horários para apanhar o metro”, afirma, acrescentando que “às vezes, ao final do dia, o metro é encurtado a três carruagens”, o que na sua opinião dificulta a circulação. “Deveria ser sempre seis carruagens”. Concorda com as obras de expansão da linha, mas defende que este meio de transporte também deveria ser alargado a outras zonas da cidade: “Moro em Loures e dava-me jeito ter metro até lá”. Para vir para Lisboa tem de apanhar autocarro e metro, um trajeto que lhe rouba cerca de uma hora e quarenta.
Marta Monte, 20 anos, Estudante
Os motivos de queixa de Marta são semelhantes aos de outros utilizadores frequentes do metro. Viaja quase todos os dias neste transporte e, apesar de considerar que o serviço atual é útil, existem pontos menos positivos que podiam ser mudados. O tempo de espera e o facto de o número de pessoas ser muito grande para a oferta em si limita bastante a circulação, indica. “Às vezes não se pode apanhar logo o primeiro metro nas horas de ponta”, conta, resumindo que, se houvesse mais carruagens, não havia este problema. O horário também é um dos problemas: segundo Marta poderia ser prolongado por mais algumas horas. “Estudo à noite, e às vezes mais uma horinha ou duas dava jeito”, diz.
Maria Teresa, 62 anos, assistente técnica no estado maior do exército
Viaja todos os dias de metro e não tem razões de queixa sobre o serviço. “Não me posso queixar do metro. Só tenho a dizer bem”, afirma. O problema é outro. Como vive do outro lado do rio, Maria Teresa tem de apanhar mais do que um transporte para chegar ao seu local de trabalho na capital – autocarro, barco e metro -, e o desejo era que o metro fosse expandido até à margem sul: “Quem me dera ter metro naquela zona, era um dos transportes que eu utilizava”. Já quanto às obras de expansão, admite que é sempre bom aumentar a rede, mas concorda que esta também deveria ser alargada para os subúrbios.
Joana Silva, 21 anos, estudante
– “Às vezes é muita gente (…). A afluência de pessoas é muita para a quantidade de carruagens que tem”. Para Joana, que viaja diariamente de metro, este é o maior problema do serviço. Conta que nunca teve de esperar muito tempo por uma composição, mas reconhece que isso se deve ao facto de não viajar na hora de ponta. Considerando que este é um problema para muitos outros, defende que os metros deveriam circular “com mais regularidade” nos períodos de maior afluência. Quanto ao horário de funcionamento, acredita que poderia ser alargado até mais tarde e ainda que a rede deveria ser alargada a outras pontas da cidade – como Loures ou Alverca – porque iria abranger mais pessoas e facilitar a mobilidade da população.
Tânia Freitas, 23 anos, empregada de balcão
Anda de transportes, mas viajar de metro é raro. E sempre que o fez nunca teve qualquer problema. “Não identifico nenhum problema, eles até são mais rápidos que os autocarros, se perdermos um vem logo outro”, afirma. O tempo máximo que esperou por um metro foram seis minutos, praticamente nada quando comparado à meia hora ou uma hora de espera por um autocarro, admite. Também não sofre com falta de espaço, já que pelo menos o metro “leva muita gente”. Contudo, deixa um pedido: “Podiam alargar o metro até Belém, dava-me mais jeito porque moro perto de Belém”. Tânia explica que para ir para o trabalho costuma apanhar um autocarro e, se tivesse metro na sua zona, “já tinha mais possibilidades” para se deslocar.
Aline Vieira, 30 anos, gestora comercial
Usa o metro esporadicamente, cerca de uma a duas vezes por mês, mas não deixa de indicar alguns pontos que poderiam ser mudados para melhorar o serviço. “No horário noturno não tem muitas carruagens e o tempo de espera é um pouco longo”, diz. Além disso, fecha “muito cedo”, o que se pode tornar num constrangimento ao fim de semana para quem decide sair à noite pela capital. Como mora em Alverca, quando decide ficar em Lisboa até mais tarde, geralmente é obrigada a apanhar um uber ou táxi, visto que já não tem metro para a levar até à estação de comboio. “Ter mais carruagens e o metro funcionar num horário mais estendido pela madrugada” é o pedido. “Toda a melhoria é boa”, diz sobre os planos de expansão, mas chegar a mais pontos da cidade e periferia “seria melhor”.