Cisjordânia. Israelitas e palestinianos acusam-se mutuamente da violência

Cisjordânia. Israelitas e palestinianos acusam-se mutuamente da violência


Quatro palestinianos e dois soldados israelitas mortos numa onda de violência que ameaça continuar


Os militares israelitas bloquearam a cidade palestiniana de Ramallah, depois de dois soldados israelitas terem sido mortos num ataque na Cisjordânia. Segundo a Aljazeera, quatro palestinianos morreram várias operações levadas a cabo pelas Forças de Defesa de Israel (IDF, na sigla em inglês) para procurar os suspeitos do ataque junto ao colonato ilegal de Ofra, a leste de Ramallah, sede da Autoridade Palestiniana.

Em comunicado, o exército israelita declarou Ramallah como uma zona militar encerrada, levantando barreiras de controlo nas entradas da cidade, procedendo a buscas em todos os veículos que entram e saem da cidade.

Um atirador palestiniano matou dois soldados israelitas e feriu um terceiro esta quinta-feira, numa paragem de autocarro na Cisjordânia. Segundo um porta-voz das IDF, o atirador saiu de um carro e disparou contra militares israelitas em Givat Asaf, matando dois soldados e ferindo outros dois. 

O ataque foi próximo do local de um anterior tiroteio, ocorrido este sábado, que resultou em sete feridos. Um dos palestinianos mortos pelas forças israelitas era acusado de estar por trás do tiroteio. Outro era procurado pelo ataque à zona industrial de um colonato, onde faleceu um homem e uma mulher. 

A Autoridade Palestiniana acusou Israel pelo aumento da violência na Cisjordânia, falando em “execuções a sangue frio”. Tanto a Fatah, do presidente palestiniano Mahmoud Abbas, como o Hamas, apelaram a um “dia de raiva” para hoje, sexta-feira, dia da principal oração dos muçulmanos.

Por seu lado, o governo de Benjamin Netanyahu, avisava os palestinianos que o cessar-fogo na Faixa de Gaza deixará de estar em vigor se continuar “o terrorismo na Cisjordânia” e em retaliação pretende autorizar a construção de mais 82 casas no colonato ilegal de Ofra.