Marcelo defende “um comportamento equivalente àquele” que Zeca Afonso “teria se fosse vivo”

Marcelo defende “um comportamento equivalente àquele” que Zeca Afonso “teria se fosse vivo”


“Não posso deixar de reconhecer a categoria moral da resposta dada pela família de Zeca Afonso”, afirma o Presidente


Marcelo Rebelo de Sousa disse esta terça-feira que reconhece “a categoria moral” da rejeição da família de Zeca Afonso em transladar os restos mortais do cantor para o Panteão Nacional.

"Não posso deixar de reconhecer a categoria moral da resposta dada pela família de Zeca Afonso", disse o Presidente da República aos jornalistas em Castanheira de Pera. "Ele na vida foi como foi. Depois de ter morrido, nós achamos que devemos ter um comportamento equivalente àquele que ele teria se fosse vivo e isso faz muito sentido", acrescentou Marcelo.

A família de Zeca Afonso relembrou que o próprio cantor “rejeito em vida as condecorações oficiais que lhe haviam sido propostas” e que foi “enterrado em campa rasa e sem cerimónias oficiais, em total coerência com a sua vida e pensamento”.

Sobre o Panteão Nacional, “o parlamento tem que definir uma posição”, afirmou ainda o Presidente da República, reforçando o que tem vindo a dizer há cerca de um ano.

“Há um critério, se quer mudar de critério muda de critério, mas o critério que venha a ser adotado, que venha a ser um critério estável, porque depois começa a haver situações melindrosas”, reforçou Marcelo.