Os quatro membros da banda ativista russa, as Pussy Riot – que invadiram o campo durante a final do Mundial 2018 – foram libertadas, esta segunda-feira, depois de terem cumprido 15 dias de pena. No entanto, logo após terem saído da prisão em liberdade, foram novamente interpeladas pelas autoridades e levadas sob custódia da polícia.
De acordo com um comunicado do grupo ativista nas redes sociais, não existem quaisquer razões para esta nova detenção.
Pyotr Verzilov, Nika Nikulshina, Olga Kurachyova e Olga Pakhtusova cumpriram 15 dias de setença, depois de terem invadido o campo durante a final do Mundial 2018 no jogo entre França e Croácia, onde apareceram vestidas de polícia.
Num vídeo publicado pela ‘TIME’, pode ver-se as três raparigas a festejarem a sua liberdade quando imediatamente são interrompidas por um polícia e obrigadas a entrarem numa carrinha.
De acordo com um membro da banda no Twitter, Pyotr Verzilov, numa publicação, os quatro membros que estiveram presos foram levados pelo “departamento policial de Luzhniki”, sendo que o departamento garante que “há uma ordem” para as manter durante a noite – “até que alguns procedimentos sejam levados a cabo pela manhã”. “Vão manter-nos aos quatro aqui dentro, durante esta noite, mas não há quaisquer acusações.”, lê-se.
В ОВД Лужники сообщают, что приказ оставить нас на ночь – до проведения неких мероприятий с утра. На ночь будут оставлять всех четверых, по словам сотрудников. Обвинения не предъявляют.
— Пётр Верзилов (@gruppa_voina) July 30, 2018
As Pussy Riot têm protestado contra Vladimir Putin desde 2011, tendo sido presos vários membros. Em 2012, dois membros da banda atuaram em frente de Vladimir Putin, criticando-o, o que fez com que fossem presas durante dois anos. As cíiticas da banda não se ficam pela Rússia e chegam até a Donald Trump, por exemplo.
As Pussy Riot atuam no dia 17 de agosto, em Portugal, no Festival Vodafone Paredes de Coura.