Vasco Pulido Valente faz rasgados elogios a Passos Coelho e considera que Marcelo Rebelo de Sousa “não representa nada”.
O historiador defende, numa entrevista à revista Sábado, que o ex-primeiro-ministro Pedro Passos Coelho “fez o que foi preciso” e evitou “uma crise social violenta”.
“As consequências de ele não ter feito o que fez teriam sido gravíssimas, como as que teve a Grécia. Teria condenado as pessoas não a três ou quatro anos de relativa pobreza, mas talvez a 10 ou 15”, afirma.
Passos Coelho foi um dos poucos políticos que mereceu elogios do historiador. Pulido Valente considera que “o PSD que está agora não percebe as realidades políticas” e “é um partido de província”. Sobre Assunção Cristas prefere “não falar”, porque “ainda não se percebeu o que ela quer”.
Marcelo Rebelo de Sousa também não escapa às críticas, porque “não representa uma solução, nem sequer uma direção política”. Para o escritor, Marcelo “é um Presidente divertido”, que “dá tira selfies e dá beijinhos a toda a gente”, mas “isso não representa nada”.
Vasco Pulido Valente, que lançou este mês o livro “O Fundo da Gaveta”, considera que o discurso de António Costa sobre a austeridade é “pura propaganda política” e que o Bloco de Esquerda “não tem pensamento nenhum sobre a sociedade”.
“O António Costa é um bom diretor-geral. Não é um bom primeiro-ministro”, disse, numa entrevista à RTP.