Jerónimo de Sousa afirmou que “é possível um ano melhor”, apesar do atraso no aumento do salário mínimo e das "imposições externas" aceites pelo Governo.
“É possível um ano melhor para os trabalhadores, o povo e o país. Contrariando as teses dos defensores e executantes das políticas dos cortes e eliminação de direitos, das inevitabilidades, registam-se avanços e reposição e defesa de direitos e rendimentos. Embora limitados e insuficientes, repuseram mais justiça social, crescimento económico e emprego", disse o secretário-geral do Partido Comunista Português, numa mensagem pública aos portugueses, que será transmitida durante o tempo de antena do partido, esta sexta-feira.
Jerónimo de Sousa deixou ainda algumas críticas do Governo socialista: "O Orçamento do Estado [para 2018], aprovado e promulgado, expressa esse sentido, seja no plano da proteção social, das reformas e pensões, justiça social e progressão nas carreiras. Com a intervenção do PCP foi possível dar passo adiante, não indo mais longe porque o Governo, por opção, teima em não libertar o país das imposições externas, designadamente da União Europeia, do euro e da dívida".
O líder do PCP disse que o Governo podia “ter ido mais longe” no que diz respeito à valorização dos salários, principalmente no que diz respeito ao salário mínimo nacional. Por isso, "há que persistir nas empresas e locais de trabalho", onde "os trabalhadores podem contar com o PCP", afirmou.
"Nas vésperas de um novo ano, em que sempre acalentamos a esperança de um ano melhor, queremos dar uma palavra de solidariedade aos portugueses, atingidos pela pobreza, baixos salários, precariedade, aos familiares das vítimas dos incêndios e a todos os que perderam suas habitações, empresas e explorações agrícolas", acrescentou.