Cibersegurança e petróleo


Estas últimas semanas têm sido marcadas por vários ataques às ferramentas de cibersegurança, quer individuais, quer das instituições públicas e privadas. 


Aliás, o vírus Wannacry ficou conhecido mundialmente depois de uma extorsão que atingiu empresas tão emblemáticas como a Disney, tendo conseguir capturar o último filme de “Piratas das Caraíbas”, que acabou por não ter sido publicado antes, ou até o próprio sistema de saúde inglês, que ficou refém deste ataque contra a cibersegurança. Nesta senda, a Comissão de Defesa Nacional vai precisamente organizar na próxima semana, dia 24 de maio, na Assembleia da República, uma conferência sobre o tema “Ciberdefesa: O Desafio do Século xxi” que vai contar com altos representantes da NATO, em termos de ciberdefesa e segurança, que valerá a pena acompanhar.

Um segundo tema muito relevante para esta semana prende-se com o Instituto Nacional de Saúde Ricardo Jorge, depois de rumores sobre a sua eventual privatização e de recomendações de um grupo de trabalho do governo que vão no sentido da sua integração na Universidade Nova de Lisboa e na Universidade do Porto. Esta semana, este que é o maior centro laboratorial de referência do país, responsável como nosso observatório de saúde e vigilância epidemiológica, irá ver o seu presidente ser ouvido na Comissão de Saúde, também na Assembleia da República, assim como o reitor da Universidade Nova e o prof. Sobrinho Simões, responsável pelo grupo de trabalho do governo, isto para além dos próprios trabalhadores do laboratório.

Por fim, no campo internacional há uma matéria que se prende com o laboratório que merecerá especial atenção no decorrer da semana: no próximo dia 25 de maio, em Viena, vão reunir-se os vários países exportadores de petróleo pertencentes ao cartel OPEC, que vão discutir a possível redução de exportação de barris de modo a poder incrementar o custo associado. Tem havido indicações nesse sentido vindas da Arábia Saudita. É uma reunião critica, sobretudo depois de em janeiro já ter havido um corte de cerca de 1 milhão e 200 mil barris de petróleo por dia, o que levou ao aumento do preço do barril para 55 dólares, com as consequências que isto tem na economia mundial. Tal como hoje dizem que vai haver uma reunião simultaneamente, no mesmo dia, dos países exportares de petróleo que não pertencem à OPEC.