Pela primeira vez, Raúl Jiménez admitiu a possibilidade de deixar o Benfica no final da temporada. Numa entrevista aos mexicanos da Televisa, o avançado deixou no ar essa hipótese de modo a ter mais possibilidades de jogar, o que não tem acontecido com grande frequência nos últimos tempos nos encarnados.
"Há que esperar. Faltam dois meses para o final da competição aqui. Há que ver que opções há para sair e analisá-las. Se não surgirem tenho de ganhar o lugar e quando o tiver não o posso desperdiçar. Das últimas vezes que joguei estava no meu melhor momento. Estive quatro ou cinco jogos seguidos a marcar. Há que esperar por essa sequência, porque às vezes é isso que faz falta. No ano passado fiz cinco golos em jogos da Liga, poucos deles a titular. Este ano, em menos de metade dos encontros já tinha esses números, então creio que posso evoluir, fazer as coisas bem. Como digo, há que esperar que a Liga acabe e ver o que é melhor para mim", realçou o avançado mexicano.
Questionado sobre as razões para não ter conseguido singrar no onze do Benfica, Jiménez apontou as lesões como principal motivo, mas destacou também a qualidade da concorrência. "É difícil, aqui há bons jogadores. Este ano era titular no início, mas infelizmente chegou a lesão na seleção. Depois regressei e custou-me a ganhar o lugar. Acabei por conseguir, comecei a marcar e houve uma nova lesão. Também temos de entender que os meus colegas fizeram golos e é difícil entrar. Quero jogar, ter minutos, quantos mais, melhor. Estou numa fase da minha carreira em que tenho de entender, não levar a mal. Mas espero que surjam mais minutos", frisou.
O internacional azteca foi ainda questionado sobre a transferência gorada para a China, garantindo que a mesma não aconteceu única e exclusivamente por decisão sua. "A decisão é da direção, mas a tua opinião também conta. O que se passou em relação à China foi uma decisão do clube e também minha. Aceitaram o que eu queria. Era uma oferta muito boa para eles, mas decidi ficar, para continuar a adquirir confiança e por esse desejo de triunfar", sentenciou.
