A Unitel assinou, esta quinta-feira, o acordo de compra de 2% do Banco de Fomento Angola (BFA) ao BPI, e Mário Silva, braço direito de Isabel dos Santos, passa a ser o novo presidente do conselho de administração do banco, em substituição de Fernando Ulrich.Esta é a concretização do acordo assumido entre o BPI e o BFA, em que o primeiro vendia os 2% que detinha no banco angolano por 28 milhões de euros e, em troca, pedia que fosse aprovada a desblindagem dos estatutos – uma situação que veio a acontecer e tornou obrigatória a OPA por parte do CaixaBank, assim como a revisão do preço. Esta venda permitiu à operadora angolana passar a deter 51,9% do banco.O novo preço é o valor que corresponde à média ponderada da cotação do BPI nos seis meses anteriores à data em que foi lançada a OPA obrigatória (21 de setembro), mas o tema ainda não está fechado, uma vez que os pequenos acionistas têm vindo a afirmar que a contrapartida não é equitativa e pediram a intervenção da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).Outra das vertentes da proposta passava pela exigência de Angola fazer face aos pagamentos em atraso ao BPI: 66 milhões de euros diziam respeito a dividendos do banco angolano referentes a 2014 e 2015, e 30 milhões de dólares referiam-se ao pagamento da última tranche da compra da posição da Unitel, em 2008.A Unitel, em comunicado, explica que a compra de 2% do BFA “permitiu ainda resolver a questão dos grandes riscos imposta pelo Banco Central Europeu ao BPI, que obrigava o banco português a reduzir a sua exposição ao BFA”.Também esta quinta-feira, em comunicado enviado à CMVM, o BPI informou que foi concretizada, por parte do BFA, a transferência de dividendos relativos aos exercícios de 2015 (36,9 milhões de euros) e 2014 (29,2 milhões de euros). “O Banco BPI vem nesta data informar que a transferência daqueles dividendos se concretizou, tendo o valor global de 73,4 milhões de dólares (66,1 milhões de euros) sido recebido na conta do Banco BPI junto do seu banco correspondente internacional para dólares norte-americanos”, adianta o banco liderado por Fernando Ulrich.A venda de 2% do Banco do Fomento Angola por parte do BPI à Unitel foi aprovada em assembleia-geral no dia 13 de dezembro do ano passado pelos acionistas do banco liderado por Fernando Ulrich. Com esta operação, a instituição financeira perdeu o controlo do banco angolano, mas conseguiu responder às exigências do Banco Central Europeu (BCE).A assembleia tinha sido suspensa a pedido do CaixaBank no dia 23 de novembro, por faltar o sim do BCE ao facto de a venda de 2% do BFA ser suficiente para ultrapassar o problema de exposição do BPI a Angola. A Unitel assinou, esta quinta-feira, o acordo de compra de 2% do Banco de Fomento Angola (BFA) ao BPI, e Mário Silva, braço direito de Isabel dos Santos, passa a ser o novo presidente do conselho de administração do banco, em substituição de Fernando Ulrich.
Esta é a concretização do acordo assumido entre o BPI e o BFA, em que o primeiro vendia os 2% que detinha no banco angolano por 28 milhões de euros e, em troca, pedia que fosse aprovada a desblindagem dos estatutos – uma situação que veio a acontecer e tornou obrigatória a OPA por parte do CaixaBank, assim como a revisão do preço. Esta venda permitiu à operadora angolana passar a deter 51,9% do banco.
O novo preço é o valor que corresponde à média ponderada da cotação do BPI nos seis meses anteriores à data em que foi lançada a OPA obrigatória (21 de setembro), mas o tema ainda não está fechado, uma vez que os pequenos acionistas têm vindo a afirmar que a contrapartida não é equitativa e pediram a intervenção da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).
Outra das vertentes da proposta passava pela exigência de Angola fazer face aos pagamentos em atraso ao BPI: 66 milhões de euros diziam respeito a dividendos do banco angolano referentes a 2014 e 2015, e 30 milhões de dólares referiam-se ao pagamento da última tranche da compra da posição da Unitel, em 2008.
A Unitel, em comunicado, explica que a compra de 2% do BFA “permitiu ainda resolver a questão dos grandes riscos imposta pelo Banco Central Europeu ao BPI, que obrigava o banco português a reduzir a sua exposição ao BFA”.
Também esta quinta-feira, em comunicado enviado à CMVM, o BPI informou que foi concretizada, por parte do BFA, a transferência de dividendos relativos aos exercícios de 2015 (36,9 milhões de euros) e 2014 (29,2 milhões de euros). “O Banco BPI vem nesta data informar que a transferência daqueles dividendos se concretizou, tendo o valor global de 73,4 milhões de dólares (66,1 milhões de euros) sido recebido na conta do Banco BPI junto do seu banco correspondente internacional para dólares norte-americanos”, adianta o banco liderado por Fernando Ulrich.
A venda de 2% do Banco do Fomento Angola por parte do BPI à Unitel foi aprovada em assembleia-geral no dia 13 de dezembro do ano passado pelos acionistas do banco liderado por Fernando Ulrich. Com esta operação, a instituição financeira perdeu o controlo do banco angolano, mas conseguiu responder às exigências do Banco Central Europeu (BCE).
A assembleia tinha sido suspensa a pedido do CaixaBank no dia 23 de novembro, por faltar o sim do BCE ao facto de a venda de 2% do BFA ser suficiente para ultrapassar o problema de exposição do BPI a Angola.
