Pedro Passos Coelho não deixa antigo líder do partido sem resposta

Pedro Passos Coelho não deixa antigo líder do partido sem resposta


Pedro Passos Coelho não deixa os críticos sem resposta. Desta vez o alvo foi o comentador televisivo e ex-líder do partido Luís Marques Mendes. Aconteceu durante uma conferência em Lisboa.


"Perdemos o Porto há três anos e há três anos continuámos sem ganhar a câmara de Lisboa, que perdemos quando o doutor Marques Mendes era presidente do PSD", recordou o presidente do PSD, considerando que os sociais-democratas têm "algumas hipóteses" de reconquistar a capital.

O líder social-democrata respondia a Marques Mendes que no comentário semanal no Jornal da Noite da SIC, no passado domingo, considerou que o PSD ficou numa situação complicada perante a decisão de Pedro Santana Lopes declinar o desafio lançado pelo partido para se candidatar a Lisboa, preferindo continuar à frente da Santa Casa da Misericórdia.

Para o antigo líder dos sociais-democratas, com esta recusa, restam ao PSD três hipóteses. Uma passa por apoiar Assunção Cristas, solução que, em seu entender, “nesta altura é uma humilhação, porque fica a ideia que não é por nenhuma convicção, mas sim por ter medo de um mau resultado”. Outra passa por apresentar um candidato que qualificou como “frouxo, e isso é uma segunda humilhação”. Por último, haverá sempre uma terceira hipótese que passa por retirar um “coelho da cartola que pode mudar tudo”.

Todavia, para Marques Mendes, a “situação [para o PSD] não é fácil e quanto mais tempo demorar a resolver-se pior será”.

O comentador considerou ainda que a decisão de Santana Lopes constitui a “sorte grande” de Fernando Medina, atual presidente da Câmara Municipal de Lisboa.

“Este homem nasceu virado para a lua”, disse, justificando: “tem tido a sorte toda, pois não tem nenhum adversário forte nem à esquerda, nem à direita”.

Para Luís Marques Mendes a decisão do atual provedor da Santa Casa também pode ser lida como uma “prenda de Natal” para Assunção Cristas, a candidata do CDS à maior autarquia do país.

“Quando se lançou achei que era uma decisão corajosa, embora não tivesse uma grande dose de risco. O risco maior podia ser Santana Lopes e esse risco agora não existe. A jogada dela foi certeira”, concluiu.