Falta apenas a final da Taça Davis, de hoje a Domingo, entre a Croácia, a jogar em casa, e a Argentina, para que chegue ao fim a temporada de 2016 do ténis mundial ao mais alto nível.
Temos dois novos nº1 mundiais num final de época: a alemã Angelique Kerber no circuito WTA e o escocês Andy Murray no ATP World Tour.
O feito de ambos é notável por terem destronado dois supercampeões, apostados em tornarem-se nos melhores tenistas de todos os tempos, a norte-americana Serena Williams e o sérvio Novak Djokovic, cujo domínio avassalador parecia só poder ser travado por lesões algo semelhante.
Serena apoderou-se em Wimbledon do 22º título do Grand Slam da sua carreira, igualou o total de Steffi Graf e na história do ténis só tem os 24 de Margaret Court à sua frente.
A norte-americana pode não ter jogado ao seu melhor nível e as lesões não ajudaram, mas nem por isso deixou também de ser finalista no Open da Austrália e em Roland Garros, fechando o ano como nº2 mundial.
Se Serena atingiu a final de três Majors, ganhando um, Djoko também disputou a final de três dos quatro torneios do Grand Slam, ganhou dois, deu-se ao luxo de fazer história ao somar um sexto troféu no Open da Austrália e ao completar o Grand Slam de carreira com o sucesso em Roland Garros. Também ele encerrou 2016 como nº2 mundial, detendo agora 12 troféus de Majors.
Kerber e Murray não receberam o nº1 de bandeja. Mereceram-nos ao mostrarem-se superiores a dois enormes campeões. Em breve analisarei as épocas de ambos.