Arranca hoje de manhã o autocarro do Orçamento Participativo que correrá todo o país para ouvir propostas dos portugueses.
Graça Fonseca, secretária de Estado da Modernização Administrativa disse ao i que o autocarro – “gentilmente cedido pela Carris” – estará equipado com computadores, ecrãs e dois mini-Segways de modo a alcançar as zonas intransponíveis para o autocarro mas não para esta iniciativa.
“Vamos inaugurar o percurso no festival de banda desenhada da Amadora. Às nove da manhã lá estaremos, com o ministro da Cultura e a presidente da Câmara Municipal da Amadora”.
A equipa de Graça Fonseca fez um levantamento de todos os grandes eventos de norte a sul do país “e nas ilhas também”.
A ideia passa por percorrer Portugal, convidando os cidadãos a entrar no autocarro e inscreverem as suas sugestões para o Orçamento Participativo, que conta com uma verba total disponível de 3 milhões de euros.
A secretária de Estado estará também amanhã no Museu da Ciência Viva – Pavilhão do Conhecimento, na zona do Parque das Nações em Lisboa, para o encontro nacional de professores. Aí, estará ao seu lado a secretária de Estado da Ciência.
De outubro a dezembro, o autocarro passará por vários eventos, nomeadamente a Feira da Golegã, o Portugal-Agro, realizado na FIL, o conhecido Festival de Jazz do Seixal e o festival gastronómico de Santarém.
O autocarro servirá também para divulgação da iniciativa do Orçamento Participativo “como se fosse um outdoor móvel”, explica ao i Graça Fonseca. “Até ao final do ano, o autocarro estará em muitos mais acontecimentos. Ainda estarei em sete encontros participativos no Norte, Centro, Lisboa, Alentejo e Algarve e nas duas regiões autónomas.”
Os encontros são organizados em parcerias com municípios e estão sempre abertos à participação de pessoas e entidades locais de modo a mobilizar os portugueses para a iniciativa.
O Orçamento Participativo assume-se como um protejo deliberativo, na medida em que as pessoas apresentam propostas de investimento e escolhem, através do voto, os projetos cuja implementação preferem. Os ‘eleitores’ podem participar a partir dos 18 anos de idade, escolhendo entre projetos culturais, científicos, agrícolas e educacionais a nível continental e mais concentrados na justiça e na administração interna a nível insular.