Agenda Digital para a CPLP


Conforme prometido, revisito o tema que lancei na última crónica: a reunião de ministros das Comunicações da CPLP.


Passaram 12 anos desde a última. Não me esqueço porque participei nela e não guardo boas recordações: foi durante a mesma que a minha avó faleceu. Não tem relação, mas desde então parece que se cumpriu um longo luto e os ministros responsáveis pelo setor mais importante dos tempos modernos permaneceu de costas voltadas – até ao passado dia 19 de agosto. 

Não foi fácil construir as pontes que levaram os representantes dos nove Estados membros da CPLP até Maputo.

Quando há oito anos voltei para este setor, uma das primeiras perguntas que fiz foi precisamente: mas porque é que há tanto tempo não há uma reunião de ministros da CPLP?

Não há justificação possível para tanto tempo de interregno, sobretudo quando falamos de um setor que revolucionou o mundo nos últimos 15 anos. Entendo que a CPLP em geral e o nosso País em particular, poderiam beneficiar muito se houvesse (pelo menos) um alinhamento de estratégias. 

Começamos por o fazer no quadro da ARCTEL (Associação dos Reguladores de Comunicações da CPLP), aos poucos e de forma sustentada. Hoje somos reconhecidos pela excelência do nosso trabalho. E a comprovar estão diversas ações financiadas pelas Nações Unidas ou o Banco Africano de Desenvolvimento e mais de 1 700 técnicos formados em cerca de 70 cursos de capacitação que realizámos.

O objetivo foi sempre claro: trabalhar para a definição de uma estratégia no âmbito da CPLP que, de uma vez por todas, fizesse valer o real valor da nossa comunidade. Assim foi! O empenho de todos os reguladores culminou no dia 19 de agosto com a assinatura da declaração conjunta dos ministros das Comunicações da CPLP, que, no meu entender, assinala um marco na história da CPLP.

Reconhecendo que as relações sociais, económicas, laborais e culturais são hoje potencialmente globalizantes, geograficamente dispersas e tendencialmente agregadoras: de ideias, conceitos e tendências. Os ministros entenderam que é necessário olhar para o futuro e definir, a médio e longo prazo, uma linha estratégica orientadora que permita aos Estados membros da CPLP atingirem um patamar de desenvolvimento tecnológico sustentável: era criada a Agenda Digital para a CPLP.

Os objetivos são claros: tornar a CPLP numa referência ao nível da cobertura e acesso de banda larga; um exemplo ao nível da utilização das TIC e governação eletrónica; e uma referência na utilização do comércio eletrónico no mercado da CPLP. 

Para tal, apostam na promoção das redes de banda larga e universalização do uso das TIC como forma de promover o conhecimento e a investigação, a inclusão digital e comércio eletrónico no mercado CPLP, o empreendedorismo, o emprego e a competitividade.

É um enorme desafio, mas não chegámos até aqui para falhar.


Agenda Digital para a CPLP


Conforme prometido, revisito o tema que lancei na última crónica: a reunião de ministros das Comunicações da CPLP.


Passaram 12 anos desde a última. Não me esqueço porque participei nela e não guardo boas recordações: foi durante a mesma que a minha avó faleceu. Não tem relação, mas desde então parece que se cumpriu um longo luto e os ministros responsáveis pelo setor mais importante dos tempos modernos permaneceu de costas voltadas – até ao passado dia 19 de agosto. 

Não foi fácil construir as pontes que levaram os representantes dos nove Estados membros da CPLP até Maputo.

Quando há oito anos voltei para este setor, uma das primeiras perguntas que fiz foi precisamente: mas porque é que há tanto tempo não há uma reunião de ministros da CPLP?

Não há justificação possível para tanto tempo de interregno, sobretudo quando falamos de um setor que revolucionou o mundo nos últimos 15 anos. Entendo que a CPLP em geral e o nosso País em particular, poderiam beneficiar muito se houvesse (pelo menos) um alinhamento de estratégias. 

Começamos por o fazer no quadro da ARCTEL (Associação dos Reguladores de Comunicações da CPLP), aos poucos e de forma sustentada. Hoje somos reconhecidos pela excelência do nosso trabalho. E a comprovar estão diversas ações financiadas pelas Nações Unidas ou o Banco Africano de Desenvolvimento e mais de 1 700 técnicos formados em cerca de 70 cursos de capacitação que realizámos.

O objetivo foi sempre claro: trabalhar para a definição de uma estratégia no âmbito da CPLP que, de uma vez por todas, fizesse valer o real valor da nossa comunidade. Assim foi! O empenho de todos os reguladores culminou no dia 19 de agosto com a assinatura da declaração conjunta dos ministros das Comunicações da CPLP, que, no meu entender, assinala um marco na história da CPLP.

Reconhecendo que as relações sociais, económicas, laborais e culturais são hoje potencialmente globalizantes, geograficamente dispersas e tendencialmente agregadoras: de ideias, conceitos e tendências. Os ministros entenderam que é necessário olhar para o futuro e definir, a médio e longo prazo, uma linha estratégica orientadora que permita aos Estados membros da CPLP atingirem um patamar de desenvolvimento tecnológico sustentável: era criada a Agenda Digital para a CPLP.

Os objetivos são claros: tornar a CPLP numa referência ao nível da cobertura e acesso de banda larga; um exemplo ao nível da utilização das TIC e governação eletrónica; e uma referência na utilização do comércio eletrónico no mercado da CPLP. 

Para tal, apostam na promoção das redes de banda larga e universalização do uso das TIC como forma de promover o conhecimento e a investigação, a inclusão digital e comércio eletrónico no mercado CPLP, o empreendedorismo, o emprego e a competitividade.

É um enorme desafio, mas não chegámos até aqui para falhar.