Fernando Santos admitiu que nos últimos vinte minutos do jogo com a Hungria – que terminou empatado 3-3 – colocou o médio Danilo em campo para defender o empate e não para tentar a vitória.
"Estamos a fazer uma análise como se isto fosse um campeonato nacional e não é", disse Santos no final do encontro. "Entre um pássaro na mão e dois a voar, prefiro ter um pássaro na mão", admitu.
“Fundamental foi passar. Queríamos tê-lo feito como primeiros do grupo, mas foi impossível, depois das incidências nos dois primeiros jogos, em que Portugal foi melhor e não conseguiu vencer, e deste, apanhados três vezes a perder, num jogo contranatura, com Portugal a jogar razoavelmente bem. O adversário três vezes criou perigo e fez golo.
A equipa teve uma grande atitude, capacidade de resposta e conseguiu igualar três vezes e tentou o quarto golo, também.
No período final, o adversário não quis jogar, tentou que Portugal se adiantasse para atacar. Não adiantava insistir quando estávamos apurados, a três minutos do fim, e correr o risco de sofrer um golo. Nos últimos minutos, a equipa soube pensar no que tinha que fazer.
Fizemos tudo para ganhar, queria ganhar, mas é normal que nos últimos seis ou sete minutos os jogadores saberem que o importante é estarmos cá.
Dois lances, duas faltas, dois golos da Hungria, quando tentávamos por todos os meios chegar ao golo. Reagimos sempre bem e conseguimos aquilo que era o mais importante, que era seguir em frente.
A Croácia é uma excelente equipa. Viemos para o Euro com uma ambição. Quem vem para o Europeu tem que jogar com todos. Vai ser um grande jogo.
[Ronaldo marcou] Muito mais do que isso. Ao mudar forma de jogar, ele esteve sempre presente, de princípio a fim, e é sempre muito importante ter o capitão connosco, sobretudo um como este, que vale muitos golos”.
João Mário criticou o jogo do adversário. "A Hungria, por estar já apurada, apareceu a encarar o jogo de forma muito aberta e competitiva, mas estávamos preparados e não foi surpresa nenhuma". Sobre o próximo adversário – a Croácia – admitiu que é um advesário forte nos oitavos-de-final.
"É uma seleção muito forte, com excelentes jogadores e muito bem organizada. Há que encarar esse jogo cara-a-cara, com muita tranquilidade. Agora, no ‘mata-mata’, o objetivo é passar. Há que encará-lo com otimismo e corrigir os aspetos menos positivos”.