Política de juventude, quem a define? (Em defesa do ministro da Educação)


Temos de afirmar que é quase impossível alguém poder definir uma política de juventude para Portugal num momento em que há uma indefinição ideológica enorme


Temos para nós que a pior forma de desonestidade é a intelectual, coisa que é insuportável para quem tem formação académica superior, já que a universidade procura e ensina a descobrir a verdade.

Sejamos diretos e pragmáticos:

1. O 25 de Abril, dizia-se, fez-se para acabar com a ditadura e implantar uma democracia social; porém, na Constituição de 76 o que escreveram foi “rumo ao socialismo”!

2. Desde 1848 que as ideias políticas se podem agrupar em conservadores, liberais e radicais, sendo estes socialistas, marxistas e anarquistas.

N.B.: Acontece que o Partido Socialista Português, com Mário Soares, meteu o socialismo na gaveta e assumiu-se como social-democrata, pelo menos no estrangeiro.

3. Resta saber se um conservador pode ser democrata, pois um liberal poderá sê-lo certamente, mas um radical certamente que nunca o será.

O que pretendemos dizer é que foi-nos imposta uma Constituição “rumo ao socialismo”, o que certamente não é democrático, ou melhor, não é um ato democrático, e Vasco Lourenço, antes das primeiras eleições, veio “aconselhar” que votássemos “bem”, ou seja, PS, porque senão faziam outra revolução. Claro que era um jovem capitão deslumbrado com o poder, mas tal afirmação de democrática não tem nada!

Depois não podemos esquecer o que se ensina nas faculdades de ciência política em relação à classificação das ideologias políticas. Apesar de Waidlé ter afirmado nos anos 60 que elas estavam mortas, afinal continuam vivas, mas parece que algumas pessoas que por lá andaram fingem que se esqueceram…

Por último, afirmar que a democracia exige uma educação cultural própria, demorada e que não pode ser imposta por decreto.

Indo agora diretamente ao tema, temos de afirmar que é quase impossível alguém poder definir uma política de juventude para Portugal num momento em que há uma indefinição ideológica enorme, na medida em que o PS (partido democrático) é apoiado por dois partidos que não o são, no conceito ocidental. E lembramo-nos bem de um jovem jurista comunista (deputado na altura) afirmar publicamente que tinha dúvidas se a Correia do Norte era ou não uma democracia. A isto chama-se desonestidade intelectual, porque ele sabia bem a realidade, ou então concordaria com um modelo igual para Portugal, caso viesse a concluir que era democrático?!

Ora é impossível escolher um caminho para a juventude quando existem correntes de pensamento diferentes e opostas, o que torna inoperacional o Ministério da Educação.

Quando se admite publicamente o direito de uma criança de 10, 12 anos a poder afirmar, no Colégio Militar, a sua homossexualidade, de cabeça levantada, e se quer obrigar um general chefe de Estado-Maior do Exército a dizer que ninguém será discriminado pela sua orientação sexual, então é impossível educar pelos parâmetros tradicionais e melhor será colocar as deputadas do Bloco a dirigir o Ministério da Educação… Pelo menos é menos hipócrita tal atitude.

Como será possível subir uma escada rolante que só está preparada para descer? É estranho que as pessoas finjam que não percebem que não caminhamos para a democracia mas sim para a anomia, que é o estádio anterior à ditadura, seja ela de esquerda ou de direita. A isto chama-se desonestidade intelectual.

Sociólogo


Política de juventude, quem a define? (Em defesa do ministro da Educação)


Temos de afirmar que é quase impossível alguém poder definir uma política de juventude para Portugal num momento em que há uma indefinição ideológica enorme


Temos para nós que a pior forma de desonestidade é a intelectual, coisa que é insuportável para quem tem formação académica superior, já que a universidade procura e ensina a descobrir a verdade.

Sejamos diretos e pragmáticos:

1. O 25 de Abril, dizia-se, fez-se para acabar com a ditadura e implantar uma democracia social; porém, na Constituição de 76 o que escreveram foi “rumo ao socialismo”!

2. Desde 1848 que as ideias políticas se podem agrupar em conservadores, liberais e radicais, sendo estes socialistas, marxistas e anarquistas.

N.B.: Acontece que o Partido Socialista Português, com Mário Soares, meteu o socialismo na gaveta e assumiu-se como social-democrata, pelo menos no estrangeiro.

3. Resta saber se um conservador pode ser democrata, pois um liberal poderá sê-lo certamente, mas um radical certamente que nunca o será.

O que pretendemos dizer é que foi-nos imposta uma Constituição “rumo ao socialismo”, o que certamente não é democrático, ou melhor, não é um ato democrático, e Vasco Lourenço, antes das primeiras eleições, veio “aconselhar” que votássemos “bem”, ou seja, PS, porque senão faziam outra revolução. Claro que era um jovem capitão deslumbrado com o poder, mas tal afirmação de democrática não tem nada!

Depois não podemos esquecer o que se ensina nas faculdades de ciência política em relação à classificação das ideologias políticas. Apesar de Waidlé ter afirmado nos anos 60 que elas estavam mortas, afinal continuam vivas, mas parece que algumas pessoas que por lá andaram fingem que se esqueceram…

Por último, afirmar que a democracia exige uma educação cultural própria, demorada e que não pode ser imposta por decreto.

Indo agora diretamente ao tema, temos de afirmar que é quase impossível alguém poder definir uma política de juventude para Portugal num momento em que há uma indefinição ideológica enorme, na medida em que o PS (partido democrático) é apoiado por dois partidos que não o são, no conceito ocidental. E lembramo-nos bem de um jovem jurista comunista (deputado na altura) afirmar publicamente que tinha dúvidas se a Correia do Norte era ou não uma democracia. A isto chama-se desonestidade intelectual, porque ele sabia bem a realidade, ou então concordaria com um modelo igual para Portugal, caso viesse a concluir que era democrático?!

Ora é impossível escolher um caminho para a juventude quando existem correntes de pensamento diferentes e opostas, o que torna inoperacional o Ministério da Educação.

Quando se admite publicamente o direito de uma criança de 10, 12 anos a poder afirmar, no Colégio Militar, a sua homossexualidade, de cabeça levantada, e se quer obrigar um general chefe de Estado-Maior do Exército a dizer que ninguém será discriminado pela sua orientação sexual, então é impossível educar pelos parâmetros tradicionais e melhor será colocar as deputadas do Bloco a dirigir o Ministério da Educação… Pelo menos é menos hipócrita tal atitude.

Como será possível subir uma escada rolante que só está preparada para descer? É estranho que as pessoas finjam que não percebem que não caminhamos para a democracia mas sim para a anomia, que é o estádio anterior à ditadura, seja ela de esquerda ou de direita. A isto chama-se desonestidade intelectual.

Sociólogo