Isabel dos Santos quer colocar o Banco de Fomento Angola (BFA) na bolsa de Lisboa e este é um dos assuntos que está em cima da mesa das negociações que estão a decorrer entre a empresária angolana e o CaixaBank, para solucionar o problema da exposição do BPI a Angola. A informação foi avançada por Marques Mendes, este domingo, no seu espaço de comentário na SIC, mas até esta hora ainda não foi oficializada.
De acordo com o comentador, esta matéria ainda está a ser negociada pela Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) e, esta tarde, o conselho de administração do BPI esteve reunido para tentar fechar um acordo entre Isabel dos Santos e o CaixaBank. O acordo ainda não estava fechado, mas Marques Mendes garante que, está nos detalhes finais. "Está resolvido. É uma óptima notícia para Portugal".
Também António Costa disse, este fim-de-semana, que estava confiante na resolução do problema. “Não há nenhuma razão, neste momento, para não confiar que as partes vão chegar a um entendimento em tempo útil [até domingo]”, revelou numa entrevista à TFS e DN.
Recorde-se que, Angola está na lista de países que o BCE considera não terem supervisão equivalente às práticas europeias, razão pela qual impôs, há um ano, o prazo de 10 de abril para que o BPI reduzisse a sua exposição ao mercado angolano. Caso contrário, ameaçava cobrar multas diárias ao BPI, que podiam chegar a 160 mil euros por dia.
A instituição liderada por Fernando Ulrich detém 50,1% do BFA, com Luanda a contribuir com 60% para os lucros, e conta com 4,9 mil milhões de euros em crédito concedido ao Estado angolano e ao Banco Nacional de Angola, valor que excede os limites definidos pelo BCE.