PJ detém explicador suspeito de sete abusos

PJ detém explicador suspeito de sete abusos


Homem de nacionalidade estrangeira vive no concelho de Estarreja e foi investigado depois de uma das vítimas ter apresentado queixa na polícia 


A Polícia Judiciária deteve um homem de 44 anos suspeito de abusar de pelo menos sete crianças, entre os nove e os dez anos, no centro de explicações onde trabalhava. Os crimes terão ocorrido desde 2013, no concelho de Estarreja.

O suspeito tem nacionalidade estrangeira. Residia “há vários anos em Portugal, estava perfeitamente aculturado” e vivia com a família no concelho de Estarreja, refere ao i fonte ligada à investigação. Foi surpreendido pelos inspetores da Polícia Judiciária (PJ), que o abordaram “na localidade onde reside”.

O homem foi apanhado depois de uma das vítimas ter apresentado queixa na polícia. Na esquadra, a criança relatou os episódios de que tinha sido vítima por parte do explicador.

A PJ entrou depois em contacto com outras crianças do mesmo centro de explicações e as histórias batiam certo entre si: as menores, sempre do sexo feminino, relataram episódios de “manipulação” nas horas de explicação que frequentavam. “Não houve quais relatos de cópulas ou penetração, mas sim de toques”, refere a mesma fonte.

“Foram colhidos indícios de que a conduta delituosa perdurava há cerca de três anos, tendo sido identificadas até ao momento pelo menos sete vítimas, pelo que a investigação vai prosseguir no sentido de determinar a existência de outras”, referiu a PJ em comunicado.

O homem já foi presente a juiz para o primeiro interrogatório.Foram aplicadas duas medidas de coação: o suspeito fica proibido de contactar as vítimas e também de frequentar o centro de explicações onde trabalhou até ao momento.

As medidas aplicadas não foram mais pesadas precisamente por não haver referências a violações mais graves. Mas, também por essa razão, não é possível realizar exames periciais. A prova assentará exclusivamente nos relatos das vítimas.

Abusos de menores lideram Dentro do capítulo dos crimes sexuais, aqueles que foram praticados contra menores lideram o registo do último relatório de segurança interna.

No topo da tabela surgem os abusos sexuais de crianças, com 137 crimes registados. O número sobe se forem contabilizados os crimes contra menores dependentes (mais 13) e o lenocínio contra menores (outros três).

E no que diz respeito aos inquéritos-crime instaurados em 2015 por crimes sexuais, 65,3% diziam respeito a casos de menores. A maior parte dos agressores tem entre 41 e 50 anos (21,7%) e a maior parte das vítimas tem entre oito e 13 anos (61,5%).