Estamos, por isso, perante novos desafios. Sobretudo o PSD, como principal partido alternativo. É isso que estará em discussão na reeleição de Passos Coelho e deve ser essa a premissa da sua liderança. Não é, ao contrário do que alguns dizem, nenhum recentrar ideológico ou de posição. Comparado com o PS e com os seus alinhamentos, fica evidente que não é o PSD que necessita de ser recentrado. É antes um posicionamento, uma afirmação de que o PSD, sem romper com a sua matriz fundadora – o que, na realidade, nunca fez -, é um partido confiável, credível, determinado, capaz de transformar Portugal e de o colocar definitivamente na rota do crescimento e da sustentabilidade.
A revalidação da liderança de Passos é, ela própria, um novo desafio. Um desafio que deve ser capaz de combater toda uma nova retórica populista altamente prejudicial para o futuro do pais – veja-se o Orçamento do Estado para o próximo ano e as reações que suscitou – e capaz de voltar a mobilizar os portugueses em torno da transformação tão urgente e necessária de que Portugal precisa neste contexto europeu e político do séc. xxi.
Escreve à segunda-feira