Marcelo
Sampaio da Nóvoa era para ser o candidato do PS, mas depois não foi. Ou foi só “quase”. Nóvoa poderia ter sido um candidato com possibilidades de passar à segunda volta se tivesse recebido o apoio do PS, como esteve previsto e tivesse conseguido unir a esquerda. O PS falhou à última hora, à conta das suas divisões internas, que favoreceram naturalmente a eleição de Marcelo. Perante as circunstâncias, Nóvoa tem uma votação razoável. A campanha revelou um candidato mais forte do que a pré-campanha tinha revelado.
Maria de Belém
A candidata presidencial que António Costa não queria avançou mesmo, rodeada de altas figuras do PS, a começar em Manuel Alegre, Jorge Coelho e o falecido Almeida Santos. Esforçou-se por provar que não era candidata do “segurismo”, mas qualquer das mensagens que tivesse para passar, não passou. A derrota clamorosa de Maria de Belém provou que a divisão que existia no PS por causa das presidenciais era residual
Edgar Silva
O PCP ganha sempre, já se sabe. Mas o resultado e a campanha de Edgar Silva demonstraram um candidato “erro de casting”. O resultado diminuiu fortemente o peso do PCP frente ao Bloco de Esquerda. Teria sido uma melhor opção política desistir a favor de Nóvoa, como Jerónimo de Sousa fez com Jorge Sampaio em 1996.
Marisa Matias
Ao contrário do candidato do PCP, Marisa Matias embalou o Bloco de Esquerda e conseguiu ser uma vencedora (relativa) destas presidenciais. Fica provado que a renovação do Bloco de Esquerda, com o afastamento dos fundadores, foi um caso bem sucedido. Marisa Matias, Catarina Martins, Mariana Mortágua superaram os objectivos.
Tino de Rans
O país é um “reality show”
Paulo Morais
Falar apenas de corrupção não funciona
Henrique Neto
Era um candidato de “nicho”, mas nem isso foi suficiente.
