Foram registados 16 acidentes de que resultaram 560 mortes. Mas se excluirmos as ações premeditadas, o número de acidentes fatais cai para 14, com 186 mortes. Os dados foram avançados pela Aviation Safety Network (ASN).
Segundo a ASN, o tráfego aéreo mundial registou cerca de 34 milhões de voos por ano. Feitas as contas, com base nos acidentes ocorridos em 2015, deu–se um acidente fatal a cada 4857 mil voos.
Além disso, do total de acidentes ocorridos no ano passado, dois dos 16 aviões eram de companhias áreas que estavam na “lista negra” da União Europeia (UE).
De acordo com o presidente da ASN, Harro Ranter, “desde 1997, o número de acidentes envolvendo aviões de passageiros tem caído de forma consistente graças, em parte, aos esforços de organizações internacionais de aviação”.
O ano passado ficou também marcado pelo aumento de tráfego de passageiros das companhias aéreas europeias, que não crescia desde 2011.
De acordo com os dados da Associação das Companhias Aéreas Europeias (AEA na sigla inglesa), que junta as 22 maiores da aviação no continente europeu, as empresas transportaram quase 307 milhões de pessoas em voos regulares, mais 12,6 milhões do que em 2014, o que representa um aumento de 4,3%.
A par do aumento de passageiros, a associação revela que as taxas de ocupação nos aviões voltaram a atingir níveis recorde.
Nos voos na Europa e domésticos, as companhias que integram a AEA registaram uma subida de 4,5% no volume de passageiros movimentados, equivalente a mais 10,1 milhões. E terão alcançado no final de 2015 uma taxa de ocupação de 77%, acima dos 76,5% verificados em 2014.
Já no longo curso, a taxa de ocupação teve um “aumento marginal”, estimando-se que fique em 83,7%.
Estes valores são ainda mais significativos se contabilizarmos o impacto económico que têm em termos de indústria. Na UE, este setor emprega mais de dois milhões de pessoas e vale 110 mil milhões de euros.
Segurança
Quem não se sente seguro ao entrar num avião pode tentar seguir à risca a lista das companhias aéreas mais seguras do mundo. A companhia aérea nacional, TAP Portugal não se encontra no grupo das companhias classificadas com nota máxima.
Já a australiana Qantas lidera o ranking pelo terceiro ano consecutivo, de acordo com a lista elaborada pelo portal AirlineRatings.com. Desde que opera aviões a jato, a Qantas – com 95 anos de história, é também a companhia que voa há mais tempo sem interromper a sua atividade – nunca teve um acidente mortal, revela o portal.
Para elaborar os seus rankings, o portal analisa auditorias e relatórios de entidades mundiais e nacionais de aviação como a Associação Internacional do Transporte Aéreo (IATA na sigla anglo-saxónica), a “lista negra” da UE, mas também os registos de acidentes – e número de vítimas -, o desempenho operacional de cada companhia ou as suas práticas quanto ao cumprimento de critérios de segurança definidos internacionalmente (ver lista no quadro em baixo). “As nossas 20 companhias mais seguras estão sempre na vanguarda da inovação em termos de segurança, excelência operacional e lançamento de aparelhos mais avançados”, salienta.
O Airline Ratings também identificou as companhias mais seguras no segmento de baixo custo. A seleção é composta pela Aer Lingus, Flybe, HK Express, Jetblue, Jetstar Australia, Thomas Cook, TUI Fly, Virgin America, Volaris e Westjet.
Em função disso, atribui (ou retira) estrelas. E as companhias mais bem colocadas são as que têm mais estrelas, num máximo de sete. Por exemplo, se uma transportadora só voar com aviões de fabrico russo, é-lhe subtraída uma estrela. Se não tiver sofrido incidentes com vítimas mortais nos últimos dez anos, recebe uma estrela.
Das 407 companhias analisadas, 148 tiveram sete estrelas. Mas cerca de 50 tiveram apenas três ou menos. Houve dez com apenas uma e são da Indonésia, Vietname e Suriname. No caso da TAP, a companhia aérea conseguiu seis estrelas.