O Porto é uma Nação


Estão de volta os conflitos entre futebol e política. Nada que decorra de resultados bons ou maus. Agora a questão é de protocolo. Que é o que sucede quando mundos distantes e muito diferentes se lembram de entrar no campo do adversário.


A SIC Notícias agendou uma conferência no Porto e para o efeito reservou o “Dragão Caixa”, o pavilhão que pertence ao Futebol Clube do Porto. E muito bem. Adicionalmente, convidou Rui Rio para intervir na dita conferência. Igualmente bem. O problema pôs-se quando o clube descobriu que o antigo presidente da Câmara era um dos oradores e comunicou à SIC que não o deixava entrar nas suas instalações. O evento manteve-se, embora mudando de palco, e o painel de convidados também. Apenas um episódio de silly season natalícia, dir-se-á. Mas, mais desagradável, um acontecimento que não abona muito em favor da imagem de ninguém.

Como é próprio de cidades que se orgulham do seu carácter, dizer o que se pensa e tomar atitudes eventualmente drásticas são hábitos que, no Porto, se mantêm. Por vezes valorizando em excesso a substância dos factos propriamente ditos. Nem vale sequer a pena recuar às origens seculares do diferendo entre FCP e Rui Rio nem às centenas de acusações já cruzadas entre as partes para justificar o que seja. 

A política tem um campo e o futebol tem outro. E tanto melhor quanto menor for a necessidade de se cruzarem. Em todo o caso, uma instituição que se preza dos seus valores e da sua dimensão e um político que esteve para ser candidato à Presidência da República e de quem se diz poder vir a liderar o País passavam bem sem estes momentos de glória. Os adversários de uns e de outro aplaudem com prazer. 

Escreve à quinta-feira


O Porto é uma Nação


Estão de volta os conflitos entre futebol e política. Nada que decorra de resultados bons ou maus. Agora a questão é de protocolo. Que é o que sucede quando mundos distantes e muito diferentes se lembram de entrar no campo do adversário.


A SIC Notícias agendou uma conferência no Porto e para o efeito reservou o “Dragão Caixa”, o pavilhão que pertence ao Futebol Clube do Porto. E muito bem. Adicionalmente, convidou Rui Rio para intervir na dita conferência. Igualmente bem. O problema pôs-se quando o clube descobriu que o antigo presidente da Câmara era um dos oradores e comunicou à SIC que não o deixava entrar nas suas instalações. O evento manteve-se, embora mudando de palco, e o painel de convidados também. Apenas um episódio de silly season natalícia, dir-se-á. Mas, mais desagradável, um acontecimento que não abona muito em favor da imagem de ninguém.

Como é próprio de cidades que se orgulham do seu carácter, dizer o que se pensa e tomar atitudes eventualmente drásticas são hábitos que, no Porto, se mantêm. Por vezes valorizando em excesso a substância dos factos propriamente ditos. Nem vale sequer a pena recuar às origens seculares do diferendo entre FCP e Rui Rio nem às centenas de acusações já cruzadas entre as partes para justificar o que seja. 

A política tem um campo e o futebol tem outro. E tanto melhor quanto menor for a necessidade de se cruzarem. Em todo o caso, uma instituição que se preza dos seus valores e da sua dimensão e um político que esteve para ser candidato à Presidência da República e de quem se diz poder vir a liderar o País passavam bem sem estes momentos de glória. Os adversários de uns e de outro aplaudem com prazer. 

Escreve à quinta-feira