O novo ano que se aproxima vai ser um teste às actuais lideranças políticas e não é de excluir que ocorram mesmo algumas mudanças.
O primeiro teste é, obviamente, a António Costa. Ele conseguiu ganhar o poder graças a um arriscado jogo de alianças e tem agora de provar que sabe gerir os delicados equilíbrios que tal coligação suscita. Foi sem dúvida a figura política de 2015.
O vencedor derrotado, Passos Coelho, vai ter de demonstrar que um verdadeiro líder tanto o é na vitória, como na derrota. Terá estofo para aguentar um par de anos na oposição? O próximo congresso do PSD, em Abril, vai ser, sem dúvida, muito interessante.
E Paulo Portas? Neste caso, a separação do PSD coloca o CDS na sua verdadeira dimensão. O líder está preparado para construir uma nova estratégia? Terá essa vontade? Para já, parece que o partido deseja genuinamente que continue, o que já é um bom ponto de partida.
Se no Bloco de Esquerda não se preveem mudanças, já no PCP, apesar de Jerónimo de Sousa ser um líder que apresenta resultados e que sedimentou a plataforma eleitoral comunista, o seu aspeto por vezes cansado pode antever alterações no congresso marcado para o final do ano de 2016.
Em política, é sempre arriscado fazer futurologia, mas aqui ficam estas reflexões.
E, já agora, recordo que “os lugares de chefia fazem maiores os grandes homens, e mais pequenos os homens pequenos”.