Lisboa já começou a estabelecer-se como uma capital de star-tups no contexto europeu. Quem o garante é a plataforma alemã StartupCVs, que sublinha ainda o facto de as startups serem cada vez mais populares entre os mais jovens.
Esta plataforma de recrutamento para startups compilou vários dados relativos a Portugal e chegou à conclusão que mais de 50% dos candidatos não deixa de parte a possibilidade de trabalhar em qualquer lugar, não fechando assim a porta à oportunidade de virem a trabalhar noutros lugares do mundo.
Uma outra conclusão importante está ligada à qualidade do inglês. Muitas vezes esta é apontada como sendo um ponto forte no país, mas a verdade é que, de acordo com os dados compilados por esta plataforma, a qualidade do inglês dos portugueses está abaixo do nível registado noutros países. Analisados os dados, 78,3% dos candidatos portugueses falam fluentemente inglês. Um valor abaixo da média dos candidatos para startups europeus, 86%.
Já no que respeita às preferências dos candidatos é possível dizer-se que a maioria dos portugueses tem tendência a escolher empresas ligadas ao sector do turismo.
Foi ainda possível concluir que a maioria dos candidatos prefere trabalhar em startups que estejam em fase inicial.
Recorde-se que, em Outubro, cinco startups foram convidadas a representar Portugal num encontro internacional. Neste evento, realizado em Bratislava, 60 startups de todo o mundo concorreram por um prémio de cerca de 272 mil euros.
É, por isso, provável que os dados divulgados por esta plataforma com sede na Alemanha não surpreendam os mais atentos. Já em Agosto, Portugal tinha sido elogiado pela revista Forbes pelas suas startups. Uma das justificações avançadas para explicar esta posição de Portugal na área do empreendedorismo era o apoio do governo.
Nesta altura, a Portugal Ventures, sociedade de capital de risco, acabou por se destacar pelo seu investimento em empresas inovadoras, assim como, em projectos no sector do turismo.
Uma das empresas destacadas foi a Feedzai, uma startup de Coimbra, que emprega cerca de 60 pessoas e se especializa em soluções antifraude. Em Maio, esta startup somou um investimento de 16 milhões de euros, em fundos norte-americanos.
