Governar à PS


António Costa lá conseguiu ser primeiro-ministro; não por via do voto, mas dos apoios obtidos nas sedes dos partidos de que, de ora em diante, o governo PS depende. Esta foi a estratégia de Costa desde que, através de manobras astutas, sagazmente tornou a derrota em vitória. Agora é meia bola e força e ver…


António Costa lá conseguiu ser primeiro-ministro; não por via do voto, mas dos apoios obtidos nas sedes dos partidos de que, de ora em diante, o governo PS depende. Esta foi a estratégia de Costa desde que, através de manobras astutas, sagazmente tornou a derrota em vitória. Agora é meia bola e força e ver o que acontece.

Até porque os trabalhos de Costa serão difíceis. Não só o governo que chefia se encontra política e eticamente debilitado, como os acordos, que os socialistas, separadamente, assinaram com o PCP e o BE, dificultam o arranjo das maiorias parlamentares indispensáveis para que o governo ultrapasse a via-sacra que será de ora em diante a aprovação de qualquer diploma legislativo.

Acrescente-se o equilíbrio das contas públicas, necessário para o investimento privado que paga o acréscimo de despesa pública com que o PS se comprometeu. É certo que as projecções do PS são animadoras, algo já de si estranho se tivermos em consideração que se baseiam nos resultados conseguidos por um governo cujos efeitos a esquerda quer reverter. Mas por ora fiquemos por aqui e tentemos apenas perceber como as contas de Centeno encaixam no novo programa.

E encaixam, porque foram fabricadas com vista a um projecto político. Mudando este, alteram-se as contas para que tudo bata certo. É fácil: afinal não passam de números. Os avisos estão à vista e só não vê quem está demasiado obrigado para tal. Infelizmente, sendo as contas forjadas, certo, certo é que o país cá estará para as pagar.

Advogado

Escreve à quinta-feira 

Governar à PS


António Costa lá conseguiu ser primeiro-ministro; não por via do voto, mas dos apoios obtidos nas sedes dos partidos de que, de ora em diante, o governo PS depende. Esta foi a estratégia de Costa desde que, através de manobras astutas, sagazmente tornou a derrota em vitória. Agora é meia bola e força e ver…


António Costa lá conseguiu ser primeiro-ministro; não por via do voto, mas dos apoios obtidos nas sedes dos partidos de que, de ora em diante, o governo PS depende. Esta foi a estratégia de Costa desde que, através de manobras astutas, sagazmente tornou a derrota em vitória. Agora é meia bola e força e ver o que acontece.

Até porque os trabalhos de Costa serão difíceis. Não só o governo que chefia se encontra política e eticamente debilitado, como os acordos, que os socialistas, separadamente, assinaram com o PCP e o BE, dificultam o arranjo das maiorias parlamentares indispensáveis para que o governo ultrapasse a via-sacra que será de ora em diante a aprovação de qualquer diploma legislativo.

Acrescente-se o equilíbrio das contas públicas, necessário para o investimento privado que paga o acréscimo de despesa pública com que o PS se comprometeu. É certo que as projecções do PS são animadoras, algo já de si estranho se tivermos em consideração que se baseiam nos resultados conseguidos por um governo cujos efeitos a esquerda quer reverter. Mas por ora fiquemos por aqui e tentemos apenas perceber como as contas de Centeno encaixam no novo programa.

E encaixam, porque foram fabricadas com vista a um projecto político. Mudando este, alteram-se as contas para que tudo bata certo. É fácil: afinal não passam de números. Os avisos estão à vista e só não vê quem está demasiado obrigado para tal. Infelizmente, sendo as contas forjadas, certo, certo é que o país cá estará para as pagar.

Advogado

Escreve à quinta-feira