Richard Breitman, professor de história na American University, escreveu sobre a descoberta de documentos que sugerem que a família de Anne Frank tentou obter visto de entrada nos Estados Unidos, como refugiados. No entanto, a permissão para entrar no país não lhes foi atribuída.
Em 1941, poucos anos depois de já ter solicitado os vistos para os Estados Unidos, Otto Frank escreveu ao seu amigo da universidade, nos EUA, Nathan Straus, dizendo "Eu vejo-me forçado a pôr em causa a emigração e, tanto quanto eu posso ver, os EUA são o único país para onde poderia ir."
A carta data, mais concretamente, a 30 de Abril de 1941 e nela lê-se ainda um apelo para que o amigo lhe emprestasse 5 mil dólares para a atribuição dos vistos – "Talvez se lembre que temos duas meninas. É, principalmente, para o bem das crianças. Você é a única pessoa a quem eu posso pedir isto”.
De acordo com um artigo publicado no Washington Post, citando o historiador, Otto Frank, Edith e as duas filhas, Anne e Margot, tentaram obter o visto para entrar nos EUA já relativamente tarde.
O mesmo historiador escreve ainda que caso a família Frank tivesse tentado vir para Portugal ou Espanha, muito provavelmente tê-lo-ia conseguido.
Breitman escreve mesmo que "Anne Frank poderia agora ser uma mulher de 77 anos a viver em Boston.” Em vez disso, morreu aos 15 anos, num campo de concentração em Bergen-Belsen, na Alemanha.