Ataque terrorista a hotel no Mali faz reféns

Ataque terrorista a hotel no Mali faz reféns


Um tiroteio hoje de manhã no hotel Radisson em Bamako, centro da capital do Mali, alegadamente realizado por ‘jihadistas’, levou ao estabelecimento de um perímetro de segurança no local, avançou um jornalista da France Presse.


De acordo com o testemunho de um jornalista da agência noticiosa francesa que se encontra no local, o fogo disparado por armas automáticas foi ouvido fora do hotel, sem ainda existir relatos sobre vítimas.

“Tudo aconteceu no sétimo andar, os ‘jihadistas’ estão a disparar no corredor”, disse uma fonte de segurança à France Presse.

De acordo com a mesma fonte, as forças de segurança já estabeleceram um cordão de segurança.

O hotel chama-se Radisson e tem 190 quartos. As últimas actualizações dão conta de cerca de 170 reféns.

Duas pessoas estão a sequestrar 140 ocupantes e 30 empregados do hotel Radisson Blu, em Bamako, denunciou hoje a cadeia de hotéis, em comunicado.

“O grupo Rezidor, que gere o hotel Radisson em Bamako, está ciente da tomada de reféns que está hoje em curso, 20 de novembro de 2015. De acordo com as nossas informações duas pessoas têm bloqueados 140 clientes e 30 empregados”, adianta a empresa.

No entanto, apesar de a empresa avançar que se tratam de dois homens armados, a Sky News garante que são dez os homens que entraram armados e já fizeram 170 reféns.

A 07 de Março deste ano, um atentado contra um bar-restaurante em Bamako fez cinco mortos, entre os quais um cidadão belga e um francês, tratando-se do primeiro ataque deste tipo realizado na capital do Mali.

Em Agosto passado, ocorreu uma outra tomada de reféns de mais de 24 horas num hotel da cidade do Mali, que provocou a morte a quatro soldados e cinco funcionários da ONU, bem como aos quatro atacantes.

Os grupos islâmicos têm levado a cabo ataques no Mali desde Junho, apesar de um acordo de paz entre os rebeldes tuaregues no norte do país e grupos armados rivais pró-Governo.

O norte do Mali esteve entre Março e Abril de 2012 sob controlo de grupos ‘jihadistas’ com ligações à Al-Qaeda, na sequência de um golpe militar.

Os grupos foram dispersados e perseguidos após uma intervenção militar internacional lançada em janeiro, por iniciativa da França, cujas forças miliatres se mantêm ainda no país.

No entanto, há várias zonas que escapam ao controlo das forças militares malaias e estrangeiras.

Há muito concentrados no norte do país, os ataques ‘jihadistas’ estenderam-se desde o início do ano para o centro e, desde Junho, para sul do território.