Dois dias depois de sofrer o pior atentado da sua história, Paris amanheceu este domingo chocada, enquanto avança a investigação aos ataques terroristas que causaram pelo menos 129 mortos e 352 feridos.
O presidente francês, François Hollande, tem previsto receber hoje os principais líderes políticos do país para tratar de dar uma imagem de unidade face ao terrorismo, escreve a agência Efe.
Hollande, num claro gesto de deferência, encontra-se primeiro de manhã com o líder da oposição conservadora, Nicolas Sarkozy, que o antecedeu à frente da liderança do Estado e que no sábado pediu alterações profundas em matéria de segurança.
Durante a tarde, Hollande manterá encontros a partir das 15h locais (14h em Lisboa) com os presidentes da Assembleia Nacional, Claude Bartolone, e do Senado, Gérard Larcher, e depois com os outros líderes dos partidos, incluindo a presidente da Frente Nacional, Marine Le Pen, de extrema direita.
As homenagens populares, que começaram de forma espontânea na parisiense praça da República e em muitas cidades do país – onde se reuniram milhares de pessoas – podem continuar este domingo, apesar da proibição de qualquer manifestação na capital, ao abrigo do estado de emergência decretado no sábado pelo governo.
Em paralelo, continua a investigação sobre os autores do atentado, em particular depois de um dos bombistas suicidas da sala de espetáculos Bataclan ter sido identificado pelas impressões digitais.
O grupo extremista autodenominado Estado Islâmico reivindicou no sábado, em comunicado, os atentados de sexta-feira em Paris, que causaram pelo menos 129 mortos, entre os quais dois portugueses, e 352 feridos, 99 em estado grave.
Oito terroristas, sete deles suicidas, que usaram cintos com explosivos para levar a cabo os atentados, morreram, segundo fontes policiais francesas.
Os ataques ocorreram em pelo menos seis locais diferentes da cidade, entre eles uma sala de espetáculos e o Stade de France, onde decorria um jogo de futebol entre as seleções de França e da Alemanha.
A França decretou o estado de emergência e restabeleceu o controlo de fronteiras na sequência daquilo que o Presidente François Hollande classificou como “ataques terroristas sem precedentes no país”.
Lusa