Villas-Boas. Chelsea foi um “passo em falso”


A passagem pelo Chelsea foi um "passo em falso", admitiu hoje o português André Villas-Boas, que vê no Tottenham Hotspur, da Liga inglesa de futebol, um clube com "condições e ideias para o futuro" e ambição de sucesso. No primeiro encontro com jornalistas desde o anúncio de contratação pelo clube do norte de Londres na…


A passagem pelo Chelsea foi um "passo em falso", admitiu hoje o português André Villas-Boas, que vê no Tottenham Hotspur, da Liga inglesa de futebol, um clube com "condições e ideias para o futuro" e ambição de sucesso.

No primeiro encontro com jornalistas desde o anúncio de contratação pelo clube do norte de Londres na semana passada, o treinador disse ter optado pelos "Spurs" por lhe terem oferecido "uma série de condições e ideias para o futuro que são importantes".

"É um clube com ambição de sucesso, que é o que eu quero e eu exijo a seguir ao meu passo falso com o Chelsea", afirmou, em resposta a uma questão da agência Lusa.

Nas conversas com os diretores, Villas-Boas diz ter tido um "feeling positivo" e indicadores sobre o futuro, que incluem um novo campo de treinos e projetos para um novo estádio.

"É um clube de grande prestígio e com muita tradição e um clube com grande paixão", enfatizou.

Sobre o Chelsea, admitiu ter sido um "passo em falso" relativamente ao que esperava para a continuidade da sua carreira, depois do sucesso que alcançou no FC Porto.

"Era um passo que eu achava que dando, iria ter sucesso e infelizmente não aconteceu. No Tottenham espero que assim seja", disse.

No novo clube, diz querer construir sobre o que foi deixado pelo antecessor, Harry Redknapp, cuja qualificação para a Liga dos Campeões foi "roubada" pelo Chelsea ao vencer a competição.

Villas-Boas considera "normal" terminar nos primeiros quatro lugares da Liga inglesa mas quer incutir nos jogadores uma maior agressividade e para lutar por títulos nas restantes competições.

"Não estamos sob menor pressão, aceitamos é que temos de meter maior pressão sobre nós mesmos para triunfar e ganhar troféus, que é o que este clube quer", frisou.

Ainda a propósito da passagem pelos "blues", pela qual se mostrou "grato" pela experiência profissional que adquiriu, nota diferenças entre os dois clubes.

"O Chelsea é um clube rodeado de grande mediatismo e de grande expetativa", enquanto o Tottenham "ainda está a construir algo de muito grande no futuro".

Sobre a vitória do anterior clube na Liga dos Campeões, afirmou não se sentir parte do sucesso obtido pelo antigo adjunto, Roberto Di Matteo.

"Não tive possibilidade de o ganhar porque me foi impedido", vincou.

André Villas-Boas assinou pelo Tottenham por três épocas a 03 de julho, fazendo-se acompanhar pelo fisioterapeuta José Mário Rocha e o observador dos adversários Daniel Sousa, aos quais se juntou como treinador-adjunto o também português Luís Martins, de 48 anos, que na última temporada dirigiu a equipa de sub-23 dos sauditas do Al-Ahli Jeddah.

Villas-Boas estava sem clube desde março, depois de ter sido despedido do comando técnico do Chelsea, ao qual chegou em julho de 2011.

Antes, na época de 2010/2011, o técnico português, de 34 anos, levou o FC Porto à conquista do campeonato nacional, Taça de Portugal e Liga Europa.