As medidas de austeridade tomadas em Portugal para combater a crise económica estão a afetar apenas os trabalhadores, afirmou hoje Catarina Tavares, membro do secretariado executivo da União Geral dos Trabalhadores (UGT).
"A economia tem de crescer, mas não se pode afetar sempre os mesmos", disse Catarina Tavares à agência Lusa em São Paulo, durante um seminário sobre os desafios que os trabalhadores enfrentam perante a crise económica, promovido pela Central Única de Trabalhadores (CUT) do Brasil.
Catarina Tavares defendeu que o "sacrifício" deve ser "repartido na medida certa" entre as outras camadas da sociedade e que as negociações coletivas com os sindicatos, para melhora de salários e condições de trabalho, sejam retomadas.
A sindicalista afirmou que, para fazer a economia crescer, o Governo devia focar-se também na criação de emprego, principalmente entre os mais jovens, e no combate à economia paralela.