O ministro dos Negócios Estrangeiros, Paulo Portas, definiu hoje Portugal como "uma plataforma muito interessante" para estabelecer parcerias internacionais, salientando durante a sua visita à China que "o país é europeu e ocidental, mas também universal".
"Numa economia global, é preciso vincar e salientar aquilo que um país pode ter para oferecer de acordo com a sua reputação histórica e a sua vanguarda económica", disse Paulo Portas após a assinatura de dois memorandos de entendimento entre a REN (Redes Energéticas Nacionais) e a chinesa State Grid, uma das maiores empresas do mundo.
Um dos acordos diz respeito à criação de empresas mistas de consultoria técnica no Brasil na área da energia, e que, segundo Paulo Portas, "significa também oportunidades de trabalho para técnicos, cientistas, engenheiros, estudantes e empresas portuguesas".
"Ontem, hoje e amanhã, os portugueses foram sempre construtores de pontes, de diálogos e de entendimentos com culturas e civilizações diferentes", afirmou Paulo Portas.
"Portugal tem uma presença histórica e de futuro em África, América Latina e Ásia, que torna este país europeu extremamente interessante para fazer parcerias", acrescentou.
O outro acordo diz respeito à intenção da State Grid de investir doze milhões de euros na criação de um centro tecnológico em Portugal.
Com cerca de um milhão e meio de trabalhadores, a State Grid é considerada uma das dez maiores empresas do mundo, e este ano comprou ao Estado português 25 por cento do capital da REN por 287 milhões de euros.
Ambos os acordos foram assinados pelos presidentes da REN e da State Grid International, Rui Cartaxo e Zhu Guangchao, respetivamente, com a presença do ministro português e do líder daquele grupo estatal chinês, Liu Zhenya.
Paulo Portas encontra-se desde sábado na China, com mais de cinquenta empresários, na primeira visita de um ministro do atual Governo português.
Hoje de manhã (hora local), Portas encontrou-se com o homólogo chinês, Yang Jiechi, e na quarta-feira às 10:30 (03:30 em Lisboa) vai encontrar-se com o "número dois" do Governo, o vice-primeiro-ministro executivo, Li Keqiang.
A visita termina no dia 08 de junho em Macau.