As reduções de chefias e secções propostas pelo ministro da Administração Interna na PSP são "adequadas" e "não comprometem" o funcionamento da instituição, disse hoje à agência Lusa o presidente da Associação Sindical dos Profissionais da Polícia (ASPP).
O ministro da Administração Interna, Miguel Macedo, anunciou segunda-feira a redução de mais de 120 cargos de chefia na PSP e de 412 núcleos e secções nos diversos comandos desta força de segurança.
"Não nos parece que esta redução no seu todo, esta redução de núcleos, que obriga a uma redução dos cargos de chefia, venha comprometer o funcionamento da PSP. Pela análise que fazemos não vai comprometer", afirmou Paulo Rodrigues, em declarações à Lusa.
De acordo com o dirigente sindical, esta "é uma forma da PSP demonstrar que está empenhada em fazer um esforço em termos orçamentais".
"Temos que começar por algum lado para fazer uma gestão racional dos meios, dos recursos e das próprias finanças da polícia e, portanto, começar justamente por aí parece-me o adequado", sublinhou.
A redução de mais de 120 cargos de chefia da PSP e a passagem dos núcleos e secções, nos diversos comandos distritais, dos atuais 592 para 180 constam das alterações à lei orgânica da PSP e ao estatuto da Polícia de Segurança Pública, projetos já entregues aos sindicatos da Polícia.
Também contactado pela Lusa, o presidente do Sindicato dos Profissionais de Polícia (SPP), António Ramos, disse já ter sido informado da decisão pelo ministro e pelo diretor nacional da PSP.
"Fomos informados dessa questão pelo ministro e pela nossa parte não pomos qualquer obstáculo na redução de algumas chefias. Concordamos com estas medidas", assinalou.