Duarte Marques. Preocupação de Seguro com Metro do Porto demonstra “insanidade”


O líder da JSD, Duarte Marques, considerou hoje que a preocupação de António José Seguro face ao processo da Metro do Porto demonstra “insanidade”, e assinalou que o “'sócratismo' continua vivo em Portugal”. “Quando se vê o líder do Partido Socialista preocupado com a nomeação de uma administração do Metro do Porto, diz bem do…


O líder da JSD, Duarte Marques, considerou hoje que a preocupação de António José Seguro face ao processo da Metro do Porto demonstra “insanidade”, e assinalou que o “'sócratismo' continua vivo em Portugal”.

“Quando se vê o líder do Partido Socialista preocupado com a nomeação de uma administração do Metro do Porto, diz bem do nível de insanidade a que António José Seguro chegou”, afirmou à Lusa o social-democrata.

Duarte Marques acrescentou que Seguro “fez um fim-de-semana embalado pelas suas vitórias internas no PS”, sendo “no auge dessas vitórias” que “vem exigir ao governo aquilo que nunca exigiu a Sócrates”.

“Até é estranho ouvir um líder da oposição a apelar ao governo que nomeie [a administração da Metro do Porto], mas António José Seguro está mal habituado porque no tempo em que era membro do governo na juventude, todos conhecem o rasto de nomeações que deixou pelo setor”, criticou.

Duarte Marques respondeu ainda às críticas de Seguro ao primeiro-ministro, considerando que, “apesar de Sócrates ter fugido para Paris, o 'sócratismo' continua bem vivo em Portugal”, acrescentando mesmo que o líder socialista “mentiu duas vezes” nas suas declarações de sábado no Porto.

“Primeiro, porque dizia que não havia resultados em Portugal (…); depois Seguro disse que os sacrifícios não valem a pena”, clarificou, lembrando que “este Governo está a acabar com o regabofe das Parcerias Público-Privadas”, além de “meter ordem nos gastos do Estado” e “moralizar os apoios sociais”.

O presidente da Juventude Social Democrata recordou que “Seguro calou, consentiu, quando Sócrates gastava o que tínhamos e o que não tínhamos” e que “o PS de ontem é o PS de hoje”.

“Aliás, Seguro parece pouco mais sério que Sócrates, mas não parece muito mais. E o partido que nos trouxe até aqui é que agora pergunta como chegamos”, atirou, acusando o socialista de “ser um pouco oportunista política” e de usar “um cinismo que não é característico do maior partido da oposição”.