O líder do PS-Madeira, Vitor Freitas, afirmou que os deputados do partido não participaram hoje nas comemorações oficiais do Dia da Região porque recusam estar com os "traidores da autonomia".
"Não quisemos estar noutra iniciativa que ocorreu em S.Vicente porque nessa estiveram os traidores da autonomia, os traidores da Madeira", disse o responsável socialista no final de uma visita de trabalho que elementos do PS-M efetuaram à ilha do Porto Santo.
Vitor Freitas disse ainda que a Madeira atravessa um momento difícil devido “aos que nos últimos 10 anos endividaram e atiraram a Região para um buraco de dívidas de tamanho colossal” que não tem condições de pagar.
"Os que traíram a autonomia juntaram-se hoje em S.Vicente para uma sessão solene de traição à Madeira e Porto Santo, na qual não alinhamos", frisou Vitor Freitas, referindo-se a uma cerimónia onde esteve o presidente do Governo Regional, Alberto João Jardim, e dirigentes e deputados do PSD-Madeira e censurando o facto destes "tudo terem feito para a Região depender de Lisboa".
O líder socialista insular considera ainda que estes dirigentes "hipotecaram o futuro dos madeirenses e o desenvolvimento económico nas próximas décadas" e "traíram a Madeira quando foram fazendo divida, quando assinaram o Plano de Resgate e continuam à frente dos destinos da Madeira nessa marcha para o subdesenvolvimento".
"Num dia tão solene era importante que este governo, que tem mais três anos de mandato, tivesse um rebate de consciência, que esta gente metesse a mão na massa e começasse a trabalhar, mas a cada dia que passa as dificuldades aumentam", argumentou.
Para Vitor Freitas, era preciso que os madeirenses criassem um "sinal de stop a este Governo", defendendo a realização de eleições para poderem "definir e decidir o seu futuro".
"Estão a destruir o Dia da Região", concluiu Vitor Freitas, rejeitando ainda a sugestão do presidente do PSD-M, Alberto João Jardim, de realização de um referendo à possibilidade de independência da Madeira.
"Alberto João Jardim quando está em situações aflitivas arranja mecanismos de distração. Jardim já não governa e a única coisa que faz é propaganda. Isso não resolve nada, mas se tem soluções que as coloque em cima da mesa", observou.
Vitor Freitas concluiu: "Jardim está a mais na vida política regional e cada dia que fica prejudica a Madeira e Porto Santo".