O fim da fase de grupos do Euro-2012 traz uma sensação de ressaca difícil de ultrapassar. De repente há 24 horas sem futebol. É um drama. Ou uma oportunidade para olharmos para trás e vermos quem se destacou. Com base nas pontuações do i aos jogadores (de 0 a 20, em cada um dos três jogos), elegemos um onze ideal. Portugal domina a lista, com três nomeados, mesmo sem ter sido a selecção mais deslumbrante. Por outro lado, o mais pontuado nem sequer passou aos quartos-de-final.
Iker Casillas (42 pontos) A Espanha sai do grupo C em primeiro, mas com a mancha dos dois penáltis por assinalar a favor da Croácia no último jogo. Se o árbitro Wolfgang Stark deu uma ajuda, Casillas não ficou atrás. A defesa ao cabeceamento do croata Rakitic é do outro mundo.
Mathieu DEbuchy (41) Só chegou à selecção francesa em Novembro, mas já merecia há mais tempo pelo que tem feito no Lille. Debuchy é mais um caso de médio feito lateral, dá dinamismo e velocidade ao corredor direito. A lesão de Bacary Sagna abriu-lhe a porta da titularidade.
Mats Hummels (44) Há centrais que são um luxo. O alemão é assim, junta a consistência defensiva à capacidade de lançar o ataque. Bicampeão pelo Dortmund, faltava-lhe uma grande competição para se afirmar como um dos melhores centrais do mundo.
Pepe (44) Os golos de Mario Gómez e Nicklas Bendtner nas suas costas não apagam a imagem geral: Pepe é o patrão da defesa portuguesa, o homem que mais respeito impõe aos avançados das outras selecções. Fá-lo com classe, sem abdicar da agressividade que o caracteriza.
Fábio Coentrão (42) Se o Mundial-2010 foi a sua primeira aparição, o Euro-2012 serve de confirmação. Não há lateral esquerdo como Coentrão na prova. Está seguro a defender e tem pulmão e pernas para criar lances de golo, como aconteceu no jogo com a Holanda.
Andrés Iniesta (44) A Roja precisa dele para não se perder em trocas inofensivas de passes. Iniesta cria o desequilíbrio, encontra o colega no momento certo. É a maior inspiração espanhola, numa altura em que o tiki-taka parece estar a perder eficácia.
Andrea Pirlo (42) Campeão pela Juventus, o médio está a viver uma fase memorável da carreira. A par de Buffon, é o líder da selecção italiana. E espalha magia pelo campo, como se viu na assistência para Di Natale, frente à Espanha, e no golo de livre à Croácia.
Petr Jiracek (43) Tomas Rosicky está lesionado? Não faz mal, Jiracek resolve. O médio checo começou o Euro a jogar pelo meio, mas depressa passou para a ala. É enérgico e perigoso, além de ajudar a organizar o jogo da equipa.
Nani (44) Enquanto Cristiano Ronaldo só apareceu no último jogo, o extremo do Manchester United tem coleccionado exibições de luxo. Fez duas assistências (para Postiga à Dinamarca e Ronaldo à Holanda), mas criou muitas mais oportunidades de golo. Depois de falhar o Mundial-2010, está a aproveitar o Euro-2012 ao máximo.
Mario Gómez (44) Mortífero, o avançado do Bayern Munique deu duas vitórias à Alemanha. Os três golos fazem dele o melhor ponta-de-lança da fase de grupos. Ao todo já leva 50 esta época, entre clube e selecção.
Alan Dzagoev (45) Eis o melhor da fase de grupos. É verdade que foi perdendo influência desde o primeiro jogo. Mas o médio confirmou as expectativas de quem o via como uma grande promessa do Euro-2012. É a próxima estrela do futebol russo.