A pensão de Ricardo Salgado vai triplicar de 29 mil euros para 90 mil euros, noticiou esta quarta-feira a TVI, com a eliminação do tecto máximo às reformas dos antigos gestões do Grupo Espírito Santo, que tinha sido imposto por Vítor Bento aos membros da comissão executiva dos últimos quatro anos de vida do BES.
A alteração feita por Vítor Bento quando sucedeu a Salgado na presidência do banco limitava o valor das pensões dos ex-membros da comissão executiva ao salário mais alto pago a um administrador efectivo.
O que aconteceu agora foi que a sociedade gestora do fundo de pensões do Banco Espírito Santo pediu um parecer ao regulador dos seguros e fundos de pensões, que, segundo cita a TVI, considerou que “face à inexistência de cabimento legal para não se garantir o pagamento dos benefícios previstos no plano de pensões em vigor (…) entendemos que não há razões para diferir o pagamento aos ex-membros da comissão executiva do BES”.
Perante isto, a sociedade gestora considera que não só está aberto caminho para a reposição do valor inicial das pensões, como também ao pagamento de retroactivos, que, só no caso de Ricardo Salgado, ascenderão a um valor próximo de um milhão de euros.
E não é Ricardo Salgado o único nesta situação. Outros ex-administradores, incluindo o próprio José Maria Ricciardi, verão ser respostas as suas reformas, que variam entre os 43 mil e os 90 mil euros.
