Na Real Companhia Velha com algum Douro do futuro


A Real Companhia Velha propôs-nos uma experiência interessante nas suas esplêndidas instalações de Vila Nova de Gaia: nada menos do que uma prova didáctica de vinhos de 18 castas brancas (alvarinho, arinto, boal, códega, encruzado, viosinho, fernão pires, cercial, verdelho, touriga branca, rabigato, moscatel ottonel, moscatel roxo, moscatel galego, viognier, chardonnay, sauvignon blanc e gewürztraminer)…


A Real Companhia Velha propôs-nos uma experiência interessante nas suas esplêndidas instalações de Vila Nova de Gaia: nada menos do que uma prova didáctica de vinhos de 18 castas brancas (alvarinho, arinto, boal, códega, encruzado, viosinho, fernão pires, cercial, verdelho, touriga branca, rabigato, moscatel ottonel, moscatel roxo, moscatel galego, viognier, chardonnay, sauvignon blanc e gewürztraminer) e quatro castas tintas (malvasia preta, cornifesto, rufete e tinta francisca). A ideia era podermos apreciar em monocasta alguns vinhos que normalmente só são utilizados para lote, e dar conta das suas potencialidades. Apesar de algumas destas castas serem praticamente desconhecidas do comum dos apreciadores de vinhos, a Real Companhia Velha não as cultiva como simples curiosidade amplográfica. De todas estas castas são vinificados alguns milhares de litros, com parcelas nunca inferiores a um hectare. Apreciámos muito o viosinho e o alvarinho, possuindo desta última a Real Companhia a maior vinha do Douro, com cerca de 20 hectares.

Nos tintos apreciámos bastante o cornifesto, uma casta que hoje está quase extinta, em tempos muito comum e que ainda se encontra em vinhas velhas. Lembrou–nos os vinhos encorpados de há 50 anos, mas agora mais domada e prazenteira. Pode dar grandes vinhos de guarda. O mesmo se passa com outras castas que podem ter um bom futuro no Douro. Aprendemos muito com comentários de Pedro Silva Reis, o presidente da companhia e de Jorge Moreira o director de enologia. Já nas provas com comida que se seguiram, bebemos, entre outros dois Quinta de Cidrô, de que abaixo ficam as notas de prova.