O Museu Guggenheim em Berlim, uma das cinco instituições do género existentes em todo o mundo, encerrará em dezembro, após 15 anos em atividade, anunciou hoje o Deutsche Bank, um dos seus patrocinadores.
O salão do Guggenheim berlinense, na sucursal do Deutsche Bank, é um dos cartões de visita culturais da maior metrópole alemã, e já acolheu 57 exposições, que atrairam 1,8 milhões de visitantes.
A sua abertura, em 1997, ficou a dever-se a uma parceira entre o Deutsche Bank e a Fundação norte-americana Solomon Guggenheim.
O contrato atual termina este ano, e os dois parceiros "tomaram a decisão conjunta de fechar o salão de exposições", disse um porta-voz do Deusche Bank, em Berlim.
Richard Armstrong, diretor da Fundação Salomon Guggenheim e do Guggenheim de Nova Iorque, enalteceu quase década e meia de colaboração com o maior banco privado alemão, "que fez surgir,", disse, "um dinâmico centro de exposições, numa das cidades mais excitantes do mundo".
O presidente do Deutsche Bank, Josef Ackermann, anunciou, por sua vez, que o espaço do museu deverá dar lugar a um fórum de diálogo entre a economia, a política, a cultura e a sociedade, mantendo-se a parceria com a Fundação Guggenheim.
Os pormenores da nova iniciativa não foram explicados, mas um responsável do museu atual disse aos jornalistas que passará a haver "projetos selecionados".
A par das exposições organizadas em Berlim, o Deutsche Bank e a Fundação Guggenheim patrocinaram também alguns projetos, dos quais resultaram 17 obras de arte exibidas em Nova Iorque e em Bilbau.
As exposições agendadas para este ano em Berlim mantêm-se, nomeadamente as mostras de artes plásticas de Roman Ondak, Gabriel Orozco e Cindy Sherman.
A Fundação Guggenheim foi criada pelo colecionador e mecenas norte-americano Solomon R. Guggenheim.
Além do museu do mesmo nome em Nova Iorque, a fundação tem outros mundialmente famosos em Veneza, em Bilbau e, brevemente, em Abu Dhabi.