Depósitos a prazo. Escolha o melhor produto com a melhor remuneração


Aproveitar os depósitos promocionais, negociar com o banco uma taxa de juro superior ou apostar na internet são alguns  dos truques que pode seguir para conseguir uma remuneração mais elevada nos depósitos a prazo.   Segundo a Associação de Defesa do Consumidor, negociar com o banco uma taxa de juro superior nesta aplicação financeira pode…


Aproveitar os depósitos promocionais, negociar com o banco uma taxa de juro superior ou apostar na internet são alguns  dos truques que pode seguir para conseguir uma remuneração mais elevada nos depósitos a prazo.  
Segundo a Associação de Defesa do Consumidor, negociar com o banco uma taxa de juro superior nesta aplicação financeira pode vir a render sete vezes mais e, segundo o estudo da Deco, “para um depósito de 25 mil euros é possível conseguir uma rentabilidade sete vezes superior” à de tabela. “Ao fim de seis meses, são mais 334 euros no mealheiro.”  
Por outro lado, aproveitar os depósitos promocionais é uma boa oportunidade para conseguir rentabilizar aquele dinheiro que tem de parte. Muitas instituições financeiras têm campanhas promocionais onde oferecem taxas elevadas para novos clientes ou para novas entregas. Também apostar na internet pode representar uma mais-valia em termos de remuneração. Há casos que revelam que os depósitos cuja subscrição é feita exclusivamente pela internet ofereciam o dobro da remuneração oferecida pelos tradicionais depósitos feitos ao balcão. Apesar das diferenças começarem a ser menos significativas continuam a existir vantagens ao recorrer às novas tecnologias.
Outro factor a ter em conta diz respeito à dimensão da instituição financeira. Segundo a Deco, por norma, são as instituições de menor dimensão ou os bancos estrangeiros que oferecem os juros mais elevados.
A verdade é que os consumidores portugueses parecem rendidos a este produto financeiro. Os juros elevados aliados à aversão ao risco parecem ser a fórmula de sucesso deste produto de poupança e, isso é visível pelo montante investido pelos consumidores. Só em Julho, de acordo com o BdP, as famílias portuguesas tinham depositado o valor recorde de 126 916 milhões de euros, o equivalente a 12 mil euros por cada português. Aliás, há 10 meses consecutivos que os depósitos das famílias aumentam. Só este ano, o aforro dos particulares junto da banca nacional cresceu 7%.
O que é certo é que, por vezes, encontrar juros elevados para pequenas poupanças pode parecer uma tarefa difícil, mas é possível de alcançar. É claro que quanto maior for o montante a aplicar maior será o retorno absoluto. Além disso, as remunerações oferecidas pelos bancos são cada vez mais elevadas – a taxa de juro média fixou-se nos 4% em Agosto, segundo os últimos dados divulgados pelo Banco de Portugal, um valor muito acima do registado há um ano e que tem vindo a subir significativamente nos últimos meses – dando um novo fôlego a este produto de poupança.

oferta variada A verdade é que a oferta é cada vez mais variada, tornando cada vez mais difícil a escolha. O i fez uma ronda pelos produtos comercializados pelos maiores bancos e chegou à conclusão que a maioria aposta nos produtos com taxas crescentes. O montante mínimo de subscrição, na maioria dos casos, ronda os mil euros, mas há excepções. Em alguns casos o valor depositado não é mobilizável, noutros é possível fazer a mobilização antecipada, total ou parcial, mas com perdas de juros.
Fonte do BCP reconhece que “com a situação delicada que os mercados bolsistas estão a atravessar, a procura está mais focada em produtos sem risco de capital e com remuneração garantida” e garante que “não é expectável as taxas continuarem a subir”, refere em declarações ao i.
 O banco disponibiliza vários produtos cujos prazos variam entre os 90 e os 1140 dias – Depósito Poupa Mais e Boas Vindas no primeiro caso e o Special One + no segundo –  e exige um montante mínimo de subscrição de mil euros. Neste momento, o BCP está a apostar na campanha Special One + que oferece uma Taxa Anual Nominal Bruta (TANB) crescente por escalões: de 3,25% no primeiro ano a 7% no quarto ano, consoante o montante investido.
Já o BPI aposta no DP Especiais BPI para prazos de 2, 3, 5 e 8 anos e no DP BPI Net Extra para prazos de 3, 6 e 12 meses. Estes últimos são comercializados exclusivamente nos canais BPI Net/ BPI Directo. O primeiro exige um montante mínimo de 250 euros e as taxas variam entre os 2,5% até aos 3,3%. Já o BPI Net Extra pode ser subscrito a partir dos cinco mil euros. A TANB varia entre 2 e 2,6% consoante o prazo (90 ou 360 dias).
A Caixa Geral de Depósitos também apresenta uma oferta diversificada. O Depósitos Mais apresenta taxas de juro que podem atingir os 4,25% (TANB) consoante o prazo de aplicação. O montante mínimo de subscrição é mil euros no caso do Depósito Mais 3A e Super Mais 3A.

curto prazo Para quem não quer ter o dinheiro parado no banco, mas não se quer comprometer com uma aplicação a médio e a longo prazo, então a melhor solução é apostar em depósitos de muito curto prazo. Há, por exemplo, aplicações de sete, 15 e 30 dias. Os juros podem não ser tão elevados como os tradicionais depósitos a prazo, mas têm a vantagem de rentabilizar o dinheiro que está à ordem e, acima de tudo, permitem ao cliente não se comprometer com aplicações de médio e longo prazo. São conhecidos por mini depósitos, tanto pelo valor necessário exigido para constituir esta aplicação como pelo período de indisponibilidade do capital.