Número de passageiros nos aeroportos deve aumentar mais de 10% este ano

Número de passageiros nos aeroportos deve aumentar mais de 10% este ano


Os aeroportos portugueses deverão registar este ano um aumento superior a 10% do número de passageiros, revelou hoje à agência Lusa o presidente da ANA – Aeroportos de Portugal, Jorge Ponce de Leão.


“No ano passado, atingimos [um crescimento de] 9,5% no conjunto dos aeroportos. Confesso que julgava que seria um número imbatível, mas este ano vamos batê-lo e ficar acima dos 10%, com toda a certeza, para o conjunto dos aeroportos”, disse.

O presidente do Conselho de Administração da ANA, empresa que gere os aeroportos nacionais, respondia a uma questão colocada pela Lusa, à margem do 27.º Congresso Nacional da Hotelaria e Turismo, que está a decorrer em Évora.

Este ano de 2015 vai, então, fechar com mais de 10% de crescimento, estimou Ponce de Leão, frisando, contudo, que esta subida varia de aeroporto para aeroporto.

“Há aeroportos que têm menos, como o de Faro, que praticamente não teve crescimento”, disse, referindo que, por exemplo no caso da Madeira, há “um crescimento médio razoável, entre os 5,5 e os 6%”, até porque se trata de “um destino tradicional e maduro”.

Quanto a Lisboa, o mesmo responsável revelou que o volume de passageiros está a crescer “acima dos 10%”, enquanto, o aeroporto do Porto, “está com um crescimento de 16%”.

Já os Açores, registam um crescimento acima dos 20%, o que Ponce de Leão atribuiu à liberalização do mercado: “Antes da entrada da operação da Easyjet e da Ryanair já estava a crescer quase 20% só pela mudança de tarifário da Sata”.

Questionado também sobre o projecto do aeroporto do Montijo, a criar na Base Aérea nº 6 e complementar ao da Portela (Lisboa), Ponce de Leão disse que a ANA “está a trabalhar” neste dossiê.

“Vamos fazer as coisas certas, mas, para isso, precisamos de perceber exactamente o que a Força Aérea nos pode disponibilizar, como utilizar esses recursos da forma mais eficaz”, disse.

A partir daí, acrescentou, pode-se “construir as melhores soluções com a informação que, entretanto”, for recolhida “junto das companhias áreas sobre quem é que quer utilizar” o novo aeroporto e “quais as necessidades” dessas companhias e, por outro lado, “dimensionar as próprias taxas em função do investimento efectuado e do tipo de custos” que existirem no Montijo.

“Tudo isso é um trabalho que tem de ser feito a seu tempo e estará pronto quando puder estar”, frisou o presidente da ANA.

Em relação ao memorando de entendimento sobre o aeroporto do Montijo, que não chegou a ser assinado na anterior legislatura, Ponce de Leão argumentou que, apesar disso, o objectivo do documento foi alcançado: “O verdadeiro objectivo era consensualizar que o Montijo era a melhor solução para ajustar a capacidade aeroportuária da região de Lisboa” e isso “foi conseguido”.

O 27.º Congresso Nacional da Hotelaria e Turismo, promovido pela AHP – Associação da Hotelaria de Portugal, arrancou no domingo e prolonga-se até terça-feira, na cidade alentejana.

Lusa