O primeiro-ministro foi recebido na manhã desta terça-feira em Belém, antes da partida do Presidente da República para uma visita a Roma, e entregou a proposta de composição do novo governo que teve o acordo de Cavaco Silva. Mantêm-se nove caras do anterior elenco ministerial, oito delas exactamente nas mesmas pastas, como é o caso de Maria Luís Albuquerque que ficou nas Finanças.
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Tendo em conta a já certa moção de rejeição ao programa do governo que tem aprovação garantida pela maioria parlamentar constituída por PS, PCP e BE, Passos Coelho optou por manter o maior número de caras possível no executivo, apresentando apenas novidades na Saúde, Educação, Economia, Administração Interna, Justiça e ainda dois novos ministérios (curiosamente pastas cuja criação tem sido defendida pelo PS): Cultura e Modernização Administrativa.
À frente da Saúde passa a estar Fernando Leal da Costa, que foi secretário de Estado de Paulo Macedo. Na Educação fica Margarida Mano (vice-reitora da Universidade de Coimbra e cabeça-de-lista da coligação por Coimbra), mas independentes só mesmo este nome e o de Rui Medeiros, advogado e constitucionalista, que entra para a Modernização Administrativa. João Calvão da Silva, do PSD, é o novo ministro da Administração Interna e Fernando Negrão entra para a Justiça. Ao CDS, Passos Coelho e Paulo Portas foram buscar Miguel Morais Leitão, até aqui secretário-de Estado Adjunto do vice-primeiro-ministro, para a pasta da Economia (onde já estava um ministro CDS, Pires de Lima). Os Assuntos Parlamentares passam a ter um ministro, o deputado Carlos Costa Neves, e a anterior secretária de Estado, Teresa Morais, passa para a nova pasta da Cultura, Igualdade e Cidadania.
Passos Coelho manteve Paulo Portas como vice-primeiro-ministro e Maria Luís Albuquerque como ministra de Estado e das Finanças. Rui Machete também fica como ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, Aguiar Branco na Defesa, Marques Guedes na Presidência do Conselho de Ministros, Jorge Moreira da Silva no Ambiente, Assunção Cristas na Agricultura e Pedro Mota Soares ma Solidariedade, Emprego e Segurança Social.