© Câmara do Porto
O Porto tem desde esta semana um Cavaleiro da Ordem das Artes e Letras de França. A condecoração atribuída a Paulo Cunha e Silva simboliza bem a abertura de portas à cultura e ao mundo que marca os primeiros dois anos do “novo” Porto.
Ter o vereador da Cultura na companhia de Paul Auster, Montserrat Caballé, Sean Connery, Groucho Marx ou Quentin Tarantino – apenas alguns dos cavaleiros da mesma ordem – é o reconhecimento de uma política que não é a “do gosto”, mas da qual é impossível não gostar. Embora isso possa parecer fácil, o grande mérito do Porto popular e cosmopolita que Paulo Cunha e Silva está a ajudar a construir passa pela entrada de ar fresco, pela abertura e pela abrangência.
Para além da devolução de espaços ao público (como o Rivoli), da resolução de problemas (como o do Teatro do Campo Alegre) e de uma cultura cada vez mais fora do sítio (com eventos em Campanhã ou no Estádio do Dragão, por exemplo), o segredo não está na massa (pelo contrário, o orçamento é limitado e a coesão social é a primeira prioridade). O segredo está na atitude.
A condecoração atribuída pelo estado francês a Paulo Cunha e Silva e à cidade coincide com o momento em que se cumprem (hoje mesmo) dois anos de mandato do executivo de Rui Moreira na câmara e de um Porto novo, feliz e contente. Ao contrário do que por cá é hábito, a consagração internacional desta realidade é posterior ao seu reconhecimento interno e nacional.
A cultura é só uma face. Se calhar a mais visível, até porque integra, socializa e desenvolve. Mas é uma face. E, nisto nem sequer vale a pena fazer comparações. Basta sentir.
Escreve à quinta-feira