A fase de grupos do Mundial-2015 fica marcada por quatro acontecimentos principais: a eliminação da Inglaterra, a derrota da África do Sul frente ao Japão, o recorde de ensaios de Jonah Lomu igualado por Bryan Habana e a regularidade de Van der Merwe, que conseguiu um ensaio por jogo apesar de o Canadá não ter vencido uma única partida. Mas há mais:houve 231 ensaios, 164 conversões, 176 penalidades e três pontapés de ressalto, num total de 2020 pontos presenciados por 1 881 023 espectadores. O quinze que se segue teve um papel importante no desenrolar da prova.
1. Scott Sio (Austrália) O pilar esquerdo de 23 anos que se estreou em Agosto de 2013 liderou os Wallabies com 34 placagens em 34 tentativas. Com a bola nas mãos, conseguiu ultrapassar a linha da vantagem em sete ocasiões.
2. Scott Baldwin (Gales) A responsabilidade de repor a bola nos alinhamentos não foi pesada para este talonador, mantendo a bola num recorde do torneio de 42 ocasiões. Sai da fase de grupos com um ensaio e 18 placagens.
3. Rabah Slimani (França) O pilar direito é um dos nomes mais fortes do XV francês. Mais do que o contributo defensivo (22 placagens), destacou-se no ataque com dois ensaios – um à Itália e outro ao Canadá.
4. Dean Mumm (Austrália) Foi o maior pesadelo dos talonadores, conseguindo roubar a bola em quatro alinhamentos – melhor marca da fase de grupos. A linha estatística contempla ainda 22 placagens e um ensaio contra o Uruguai.
5. Lodewyk de Jager (África do sul) É um “bom gigante”. Com 2,05 metros e 125 quilos, é aos 22 anos uma das maiores ameaças da segunda linha sul-africana. Ultrapassou a linha de vantagem em 21 ocasiões, para um avanço de 98 metros, e completou 50 placagens – apenas atrás de Michael Leitch (Japão) e Francesco Minto (Itália), ambos com 51.
6. Michael Leitch (Japão) Este japonês de Burwood (Nova Zelândia) foi o líder natural dos Cherry Blossoms em campo. Conseguiu um ensaio, um roubo de bola, 51 placagens e 120 metros de avanço num total de 36 ocasiões em que ultrapassou a linha de vantagem. Em 2019, no Mundial doJapão, terá 31 anos.
7. Sean O’Brien (Irlanda) O soco a Pascal Pape poderá significar o fim do Mundial, mas os números que deixa para trás mostram que aproveitou enquanto pôde: cinco recuperações de bola, 96 metros de avanço, 25 placagens e um ensaio. Vai fazer falta.
8. Mamuka Gorgodze (Geórgia) É a figura do Mundial. Foi o homem do jogo na vitória surpreendente sobre oTonga (17-10, com um ensaio marcado) e continuou a liderar os Lelos até ao fim. Contra a Argentina, a equipa perdia por 9-14 quando Mamuka viu um amarelo aos 45 minutos. Quando voltou, estava 9-35. Frente aos All Blacks voltou a ser eleito o homem do jogo, numa notícia que recebeu de forma surpreendida e humilde, provocando uma enorme ovação no Millennium Stadium, em Cardiff. Sai com dois ensaios, 41 placagens, 65 metros de avanço, sete recuperações de bola e um alinhamento roubado. E famoso, também sai muito famoso.
9. Greig Laidlaw (Escócia) Está a fazer o primeiro Mundial, apesar dos 30 anos, e é como se tivesse andado aqui a vida inteira. Com 60 pontos, é o melhor marcador da competição, graças a um ensaio, 11 conversões e 11 penalidades.
10. Dan Biggar (Gales) A ausência do defesa Leigh Halfpenny fez do médio de abertura o grande responsável nos pontapés aos postes. Com ou sem tiques (comparado com ele, Nadal é um menino de coro), Biggar correspondeu da melhor forma. Só falhou à 15.a penalidade, contra a Austrália, num total de 16 tentativas.
11. Van der Merwe (Canadá) Não venceu um único jogo, mas tornou-se o primeiro jogador a conseguir um ensaio nos primeiros quatro encontros do Mundial desde Lomu, em 1999. Os 389 metros de avanço com bola constituem a melhor marca da fase de grupos.
12. Wesley Fofana (França) É outro dos esteios da selecção francesa. Somou dois ensaios, 121 metros de corrida e acumulou 24 placagens.
13. Keith Earls (Irlanda) Fez dois jogos como ponta e dois como centro. Somou três ensaios e 242 metros de corrida, e só não teve uma fase de grupos ainda melhor porque deixou a bola escapar quando tinha o ensaio à mercê, na primeira parte do jogo com a França.
14. Bryan Habana (África do sul) Já não é o mesmo, mas os cinco ensaios (três vs.EUA) fizeram-no igualar o recorde de Jonah Lomu. Somou ainda 235 metros de corrida.
15. Mike Brown (Inglaterra) Entrou no Mundial a todo o gás (dois ensaios contra Fiji), mas perdeu o balanço. A partir daí, onde fez mais diferença foi na corrida, com 331 metros ganhos.